"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

'Selfie'


Selfie do pintor Belga Henri Evenepoel em 1898

Sempre me surpreendo constatando que não há nada que simbolize melhor o exercício de liberdade do que poder passear, numa boa, por mares conhecidos (e os nunca dantes navegados). Desarmada. Com o senso crítico acionado sem neuras.  Aberta a aprender mais, mesmo com opinião formada.

E como ficou bem mais interessante esse programa a quatro mãos que a Globo exibe antes do meio dia! O que me levou hoje a ultrapassar a audiência dos meus dez ou quinze minutos consecutivos... Nada pessoal, Fátima ;) Só questão de preferência mesmo. Sabe... É essa minha eterna mania por gostar mais da descontração, da espontaneidade, do lúdico, do que me faz rir.

E o de hoje, no momento exato em que ligo casualmente a TV, me chama a atenção a breve fala do Pedro Bial (com tranquilidade e sem supervalorizar), acerca dos seus julgadores sobre o seu profissionalismo como apresentador de um programa de entretenimento.  E isso ele faz numa boa, sem qualquer defesa, qualquer empáfia, nenhum uso de escudo às velhas pedradas dos janeiros pernósticos da vida; com seu característico sorriso fácil, sem a necessidade de exibir seu ‘histórico anterior como profissional’, mas tão somente com a atual leveza típica que lhe conferiu justamente essa história de ‘profissionalismo’ anterior.

Eu vejo Globo de vez em quando, sim. Ah, e vejo BBB também.  Tenho até PPV, pasmem! (Não que tenha sido iniciativa minha, confesso... Mas pego carona). Já rendeu até textos no meu blog... E daí? Sou livre pra falar do assunto que me aprouver. Lê (e concorda) quem quer. Ninguém é obrigado. (A essa altura os boçais de plantão estão medindo meu Q.I.).

Desconfio dos discursos do intelecto edemaciado porque sempre transbordando preconceito rebuscado... E sutil! Medir o Q.I. de alguém pelo que ele lê, assiste ou participa é de uma limitação e boçalidade extrema. Por outro lado, tenho simpatia especial por gente criativa que não tem medo de se reinventar. 

Sou uma eterna apaixonada por gente que, rechaçada pelos seus algozes aprisionados, aprendeu a viver leve, distinguindo e estabelecendo a diferença entre seriedade e sisudez.

Tenho preferência por quem foge dos padrões determinados e tem peito de remar contra a maré, fazendo ouvido de mercador para o coro do ‘cordão dos puxa freio’. No caso, puxa remo.

Desconfio do pedantismo dos xiitas ocidentais; dos extremistas intolerantes e incoerentes. Sim, pois o famigerado ‘faça o que eu digo, não faça o que faço’ nunca foi tão usado e abusado por quem bate na tecla da invasão de privacidade enquanto ele mesmo não se percebe se expondo; e expondo seus valores e conceitos. E nem falo dos selfies das redes sociais com suas apelações culinárias, passeios, fotografias e viagens como referências de felicidade.  Aliás, atire a primeira pedra quem nunca se expôs assim pelo menos uma única vez. Eu me refiro é a outra exposição do mais fundo da nossa alma, e isso quando passamos de exibicionistas a espectadores; sim, porque somos complacentes quando estamos na pele dos primeiros; e somos rigorosos, conseguindo ser desalmados e cruéis quando assumimos a função de espectador; acionamos os nossos sentimentos mais mesquinhos e mais sombrios EXPOSTOS nas linhas e entrelinhas das nossas considerações pessoais; lançamos mão dos mais sinistros preconceitos; por vezes travestidos de meras e casuais opiniões, mas que - ESCANCARADAMENTE - apontam, pré-julgam, condenam e sentenciam com essa mesma velocidade estonteante da nossa atualidade tecnológica. Esse tipo de big brother interior ninguém está disposto a excluir.

Em tempo: não, gente. Não são de autoria de Luís Fernando Veríssimo as generalizações e meias verdades daquele texto tosco que circula há uns quatro anos na ‘net', preferencialmente nessa época. A propósito, que tal a gente exercitar o hábito de dizer o que vive e pensa sem usar a fala de outro como escudo?

Dias atrás li no facebook uma frase mais ou menos assim: 'não vamos afastar nossos amigos por causa de nossa religião'. Eu, particularmente, não gostaria que meus amigos se afastassem de mim nem por religião, nem política nem futebol... Ou por eu assistir BBB eventualmente. Mas se algum destes o fizer por qualquer uma dessas razões (ou outras rss), obviamente o fará com toda a liberdade que lhe é de direito. Mas, com toda certeza não é meu big brother. Acontece...

RF.


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2 comentários:

HP disse...

Sister,

Gostei do novo design do teu blog!

E sobre o texto, tem vezes que eu assisto Big Brother também.

rsrsrs

E se alguém medir meu QI, me informe, porque eu mesmo não sei qual é.

rsrs

Regina Farias disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Pois eu também assisto só de vez em quando também. Será que a quantidade de vezes influencia na medida de Q.I.? ¬¬

Quanto ao novo visual, foi pra inciar o ano diferente rsss

Valeu!