"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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terça-feira, 12 de março de 2013

PRECEITOS DE HOMENS





Denominacionais idólatras não imaginam a tristeza que me vai n’alma sempre que os vejo despejando versículos de maneira isolada nos comentários de certos blogs.

Tem um anônimo no blog de um amigo meu que tem batido recorde a esse respeito. A cegueira é tanta que ao mesmo tempo em que ele abusa dessa insensatez, ele critica quem fala acerca do Evangelho, rotulando de sofismático no sentido mais pejorativo possível.

Não existe coisa mais irresponsável e infantilóide do que descontextualizar frases! Ora, se isso já é um crime em se tratando de qualquer texto o que diremos, então, dos escritos bíblicos? E o mais grave é que a turba engessada aplaude...

Sinceridade?! Não sei se rio ou se choro quando leio certas coisas. Sim, porque é tragicômico!

É por essas e outras que eu me solidarizo com alguns que rasgam o coração nesse sentido. Porque eu não apenas imagino a angústia em seu peito, como sofro a mesma angústia vendo tantos irmãos de uma denominação advogando a causa de Deus porque foi assim que eles aprenderam; e eles, teimosos e resistentes, não querem sair das tradições que afirmam que somente os que rezam sua cartilha são os que ganham o prêmio celestial.

Sofro particularmente por 'determinada' denominação, porque nela estão pessoas muito próximas e muito queridas. Pessoas que usam como premissa para suas vidas ditames que absorveram a vida inteirinha. E que só servem para que elas acreditem que são melhores que os outros; que estão na frente de todos para ganhar o céu. Porque cem anos atrás um deus maluco e contraditório resolveu anular a Nova e Eterna Aliança revelando que apenas quem está em determinada igreja subirá aos céus.

Aliás, essa história de escolhidinho se repete desde que o mundo é mundo, e só mudam a época, o endereço da igreja e o nome dos grupos e das pessoas.

Os judaizantes se achavam os abençoados, filhos de Deus e herdeiros dos céus. O Verbo se fez carne e habitou entre eles derrubando essa tese. Jesus disse-lhes pessoalmente que havia filhos d'Ele fora daquele aprisco. Mesmo assim, esses mesmos não entenderam e O mataram. (Como O matam nos dias de hoje).

Depois vieram os discípulos de Jesus; que, inevitavelmente, foram rotulados pelos de fora como cristãos, por se portarem como Cristo. Até aí tudo bem, pois tal rótulo até que cabia. ‘Cristão’ era um termo que combinava com o discípulo que buscava seguir os passos de Cristo, mesmo com todos os desacertos e a certeza de falhos e dependentes da misericórdia de Deus. Os escritos de Atos e das cartas do NT falam dessas falhas e desacertos dos próprios discípulos e apóstolos; FALHOS mesmo andando com Jesus, absorvendo Seus ensinamentos face to facetête-à-tête, cara a cara! Bem ali, aos pés do Mestre, literalmente!

Pois bem...

Aí inventaram o Cristianismo como conveniência política e as pessoas começaram a ser cristãs sem ter nada de Cristo. Não demorou e o Catolicismo tomou pra si a patente de dono do céu, determinando normas para alcançar as bonificações aqui mesmo na Terra. Uma maioria incauta e inculta seguia cegamente o que lhe era determinado, sendo extorquida e saqueada. De todas as formas. As mais cruéis.

Um belo dia, na Idade Média, surgiu um católico (Lutero) que não compactuava com aquela falta de compaixão para com a ignorância de um povo que sofria por falta de entendimento (conhecimento, estudo). Alguém que lhes abriu os olhos ao traduzir as escrituras, apontando o Evangelho como libertação e dizendo não à escravidão cultural e religiosa da época. Protestando, dando a cara a tapa, pagando preço altíssimo ao romper com o sistema. Ajudando o povo a enxergar o quanto estava sendo explorado não apenas materialmente, mas, acima de tudo, psicologicamente. Que sua capacidade de pensar por si mesmo estava sendo constantemente engessada para ser constantemente escravizado.

Surgiram novos doutrinadores e (re) inventaram novas doutrinas com os acréscimos que Jesus falou em Marcos 7. Antes de Jesus, depois de Jesus e naquela época da Idade Média já acontecia isso que vemos hoje. Lamentavelmente, nunca parou de acontecer, pois afinal trata-se do ‘bicho-homem’. Pretensioso e equivocado em suas famigeradas interpretações.

Então - devido à natureza humana - inevitavelmente surgiram novas doutrinas que continuavam a dar ênfase a terríveis maus hábitos religiosos; doutrinas que não apenas falavam sobre escolhidos, servos, abençoados, mas que determinavam quem são estes eleitos com base em limitados parâmetros do homem.

‘E fazem muitas outras coisas semelhantes’ - diria o próprio Jesus na passagem citada acima, sendo enfático e contundente contra os que se achavam mais abençoados por seguirem meia dúzia de regrinhas religiosas e, no entanto, seus corações estavam longe Dele, adorando-O em vão, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.

E o homem segue nessa presunção anulando o Sacrifício realizado na Cruz e que determina a Nova e Eterna Aliança...

Enfim:

Crer na ‘expiação apenas pelos eleitos’ não nos dá o direito de acreditar que os escolhidos são somente os que estão na linha de frente de uma determinada linha doutrinária. Inclusive se pode crer nessa limitação, baseado nas inúmeras passagens que estão nas escrituras. Tudo bem, beleza! Afinal, essa é a ideia! Mas, convenhamos, não se pode jamais determinar quem são os tais. 

Essa presunção de apontar quem é e quem não é eleito, com base em doutrinas de homens gera arrogância, afastamento, frieza, indiferença, desamor, boçalidade, inveja, malícia, falta de humildade, dolo ( a velha intenção astuciosa para se atingir um fim) e a tal da pseudopiedade.

Tudo isso Jesus repudiou com todas as Suas forças!

Os que têm a mente de Cristo também repudiam.

Eu repudio!

Os que se dizem ‘cristãos’, os seguidores de Cristo - crentes, católicos, evangélicos, protestantes, servos, discípulos - deveriam fazer o mesmo.

Não importando a reputação pessoal.

'Naquele dia haverá muitas surpresas'.

RF.

O comentário acima foi feito AQUI:






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