"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Uma coisa leva a outra...




bondade do Eterno me persegue, me encontra e me lembra que estou perdoado.

Perdoado, arrependo-me, expandindo minha consciência sobre mim mesmo e sobre Aquele que me encontrou.

Arrependido, confesso meus pecados.

Confessando, livro-me do pecado e da culpa que gerava pesos desnecessários na alma.

Leve, me conscientizo da Graça que me encontrou.

Consciente da Graça, me responsabilizo e me disponho a servir.

Servindo ao próximo, respondo a este tão grande amor que me encontrou.

Sim, "UMA COISA LEVA A OUTRA" todos os dias, o dia todo, até o fim.

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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Reino de Deus é Paz, Justiça e Alegria no Espírito Santo







Amados irmãos, alimentem o amor e a alegria em suas vidas e sejam felizes para sempre.

Meditem neste provérbio:

Provérbios 17.22 “A alegria faz bem à saúde; estar sempre triste é morrer aos poucos.”

Amados, não alimentem a tristeza em vossas vidas, afinal o Reino de Deus é Paz, Justiça e Alegria no Espírito Santo. A tristeza não faz parte do Reino de Deus, a bíblia ensina que na presença de Deus, na terra que ele preparou para nós não haverá tristeza, dores, lágrimas. E Jesus anunciou: “ arrependei-vos pois é chegado o Reino de Deus”, ou seja, Ele veio para nos trazer a Paz, a Justiça e a Alegria. As tristezas que vocês alimentam são fruto da própria ignorância. Por não conhecer o Reino de Deus, não contemplar a totalidade da presença de Deus, de Jesus e do Espírito Santo de Deus em vossas vidas, vivem longe do Reino de Deus.

Precisam renovar as vossas mentes, os pensamentos, e não vos amoldar a este mundo, assim experimentarão a Boa, Perfeita e Agradável vontade de Deus. Romanos 12.2 (adaptação minha)

Não alimente a tristeza, ela só te fará adoecer e morrer mais cedo.
Alimente a alegria e seja feliz, viva com alegria e experimente a vontade de Deus, viva com alegria e perceba o Espírito Santo de Deus em você.

Quer ser saudável? Então, alimente a alegria em sua vida. 

Quer ter experiências com Deus? Então, viva com alegria. 

Quer sentir o Espírito Santo em você? Então, viva com alegria. Seja obediente à palavra de Deus, deixe a tristeza para trás e viva com alegria, olhando para a frente e vivento de forma abundante.

Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância”. 

Você tem vivido a vida abundante que Jesus anunciou? Não? Então jogue fora a tristeza, alimente a alegria em sua vida e então viva abundantemente.

Deixo algumas perguntas para que possamos analisar as nossas vidas e pensar na vida abundante que Deus já nos Deus e que não enxergamos:

1. Pelo que sou feliz em minha vida agora?
O que me deixa feliz? Como isso me faz sentir?

2. Pelo que me sinto excitado em minha vida agora?
O que me deixa excitado (motivado, estimulado)? Como isso me faz sentir?

3. Pelo que me sinto orgulhoso em minha vida agora?
O que me deixa orgulhoso? Como isso me faz sentir?

4. Pelo que me sinto grato a Deus em minha vida agora?
O que me deixa grato? Como isso me faz sentir?

5. O que mais Deus me permite desfrutar em minha vida agora?
O que eu desfruto? Como isso me faz sentir?

6. Em que me empenho em minha vida agora?
O que me faz Ter empenho? Como isso me faz sentir?

7. Quem eu amo? Quem me ama?
O que me faz amar? Como isso me faz sentir?

Deus te ama e quer te fazer feliz, permita! Mude o foco em sua vida!

Graça e Paz,

THALES Carvalho Messias


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O que é ser SEPARADO DO MUNDO?




Estamos acostumados a ouvir e aprender que o crente não vive no mundo, mas na igreja que é o Reino de Deus na Terra.

Desde sempre fomos instruídos no que seja mundo, como sendo uma grife ou uma geografia fora dos ambientes eclesiásticos, uma reunião que não seja de irmãos, os filhos de Deus. Tudo isto é pura tolice!

Ser discípulo e não amar o “mundo”, não se refere a virar ermitão, a amar os iguais e odiar os diferentes, não é trocar os guarda-roupas, não é trocar o biquíni pelo “burquini”, visto que o que ficará debaixo da burca é o que importa.



Nada acontece na roupa, no maiô, no fio dental ou na burca, estas peças são apenas roupas, pequenas ou grandes. A essência de tudo está na pessoa, não na roupa! O coração que deseja sensualidade e defraudação do sexo oposto é que está doente. A questão não está na vestimenta, mas no coração, pois o Homem veste aquilo que está cheio o coração.

Expomos nosso interior nos outdoors da vida através da vestimenta, que vai desde os panos que cobrem nossos corpos, passa por nossa cara, nosso corpo, se são bonitos e belos, nas medidas consideradas padrão, e vai até o carro que nos veste.

“Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes”.

Suas roupas são sua primeira veste, seu rosto, sua beleza ou feiúra, sua segunda veste, suas máscaras sorridentes ou tristes, são suas terceiras vestes, seu carro sua quarta veste, seu trabalho, sua casa, seu avião, seu iate ... Somos cheios de vestes, valorizar adornos, bugigangas, status, aparência, ISTO É SER DO MUNDO! Como ser do "mundo" é nos alinharmos à mentalidade e aos conceitos e pré-conceitos desta geração.

Este é o “espírito” do mundo, quem ama a isto, a aparência, é mundano e ama o mundo e o que no mundo há. Isto acontece tanto nas geografias dos templos, chamados igrejas, quanto fora destes ambientes.

Frequentemente o “espírito” do mundo se manifesta mais intensamente nos concílios que fora deles, nos ambientes da política, das barganhas dos negócios dos sacros-ofícios, do que fora destes ambientes onde o empregador é Deus e os mundanos são aqueles que julgam ter carteiras de trabalho assinadas pelo Altíssimo.

O discípulo não ama o “mundo”, visto que este “espírito” não lhe pertence, não dá liga em seu coração, suas seduções e cantadas, não lhe dizem nada. Um discípulo pode estar num bordel que este “espírito” não o alcança, é imune ao contágio daquilo para o qual morreu.

Não há geografias profanas suficientemente poderosas que o seduzam, não há medo de nada, o único temor é a Deus. Nosso olhar não está nos ambientes sagrados para diferenciá-los dos ambientes profanos, nosso olhar está em Jesus Cristo, em Nosso Senhor. Aquele pelo qual morremos e ressuscitamos com Ele para uma vida de amor, de santidade e de bondade, livre das angústias das aparências e dos cosméticos.

A mentalidade que temos no momento que nos arrependemos, é transformada numa nova visão da vida, do mundo, das pessoas, de Deus e do próximo. Sofremos esta metanóia, esta mudança de mente e não há nada que nos faça retornar aos antigos olhares sem Deus.
Não somos melhores que ninguém, todos igualmente pecamos e destituídos estamos da glória de Deus, mas nós que O amamos recebemos a graça bendita de enxergar aquilo que não enxergávamos antes.

O Reino de Deus, que está dentro de nós, não é tamanho de saia, não é contabilidade de freqüência aos templos, não é aparente, é invisível e nos deixa nus e sem camuflagem diante Dele.

É o perdão em nós, o amor em nós, a graça em nós, a amizade em nós, a esperança em nós, o acolhimento em nós, o não julgamento em nós, a misericórdia em nós... E isto tudo não por nós mesmos, mas pelo Espírito Santo que mora em nós.

Nada somos, por isto não ser do mundo é sabermos que tudo o que recebemos, de graça e pela graça recebemos, e se assim é, de graça damos, de graça ofertamos, acolhemos, não julgamos, não condenamos, somos do bem, da vida, do PERDÃO.

É incrível a quantidade de pessoas que se julgam de Deus e são más, perversas, não perdoam, não amam, condenam, matam com as palavras, destroem, e ainda se acham de Deus. Tem dó!

Deus É amor! Ele não TEM amor, Ele É amor! Sendo assim, não há ódios nEle, se você ainda pensa isto, você está vivendo na sombra, nos tempos que Deus ainda não Se revelara completamente.

“Tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir” (Cl 2.17).

Em Jesus não há espaços para ódios, não podemos ter compartimentos de desamor, de preconceitos, não há porões interiores escusos para abrigar nada que Ele desaprove. Em Jesus somos transparentes, não mentimos, não escondemos, não camuflamos a verdade, vivemos nEle, por Ele e para Ele. Por Ele somos, por Ele morremos todos os dias para este “espírito” do mundo que dita as regras, e só seguimos as regras vindas diretamente dEle.

Pense nisso!


(Grifos meus- RF)



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Bora crescer, né?




Quem me conhece sabe que uma das coisas que mais amo fazer, desde que aprendi a escrever... É escrever! (Daí se tira como devo estar muito envolvida com outros afazeres...) E devo dizer também que escrever neste blog e lá no Café tem sido uma curtição leve e divertida que pode também ser traduzida como aprendizagem.

O certo é que não ando com muito tempo disponível para escrever no meu blog, mas também como não quero deixar a poeira tomar conta, tenho colocado textos de outros autores, aliás, como sempre faço quando também estou ‘na ativa’. Inclusive, diga-se de passagem, sem nunca ter pedido permissão. Simplesmente coloco e dou a velha e básica linkada. E nunca ninguém havia reclamado... Até hoje. (Risos)

Quem já tem certa intimidade com meus escritos sabe que eu gosto de diversificar, mesclar e, principalmente,  não me prender a um único tema - e muito menos a um autor/pensador específico - ainda que nas entrelinhas me denuncie de certa forma e demonstre o que de fato mais me ocupa a mente e o coração... E o que me inspira a escrever com as vísceras.

Na verdade, o que me faz reservar um tempo para escrever nesta calma (e conspiradora) tarde de hoje, excepcionalmente, é um comentário um tanto incisivo e increpante (risos) que apareceu hoje em um dos textos que adaptei  não tão recentemente. (Foi há mais de ano, pasmem!!!)

Não vou citar nomes, mas pelo menos dar algumas dicas para o leitor não ficar ‘voando’. É que a pessoa em questão não gostou nadinha de ver seu texto adaptado aqui no meu espaço e pede ‘gentilmente’ (em comentário não-moderado) que o retire, alegando que eu não possuo autorização para ‘copiar’.

Não adianta insistir (risos again), não vou citar nomes, até porque sempre foquei nas ideias e não valorizo nada pessoal. Não piso em pessoas nem tampouco coloco outras em pedestais devido a seus feitos literários. Até acho isso (este último) uma grande bobagem. Identifico-me (ou não) com algumas coisas em determinados textos... E ponto! Coloco o que quiser no meu blog.


Mazenfin...  Não posso deixar passar a oportunidade de registrar meu achismo.

A princípio, fiquei sem entender, emitindo um “hã?!” em alto e bom som mental para a inocente tela à minha frente. O que é perfeitamente normal, já que tico e teco entram em curto diante de situações assim, hilárias, ainda que um tanto agressivas e pernósticas. 

Depois me deu vontade de entrar no mesmo nível boçal e arrogante e perguntar “senão o quê?!” 

Claro que optei pela alternativa B que me dizia para atender ao pedido. Afinal, não alteraria em absolutamente nada na minha vida, já que fez parte apenas daquele momento que já foi. Hoje é outro dia. E as coisas seguirão no seu fluxo normal. Ou não (risos).

E outra: coisas mais importantes (do que me preocupar com quem copiou algum texto meu) ocupam espaço na minha existência. De antemão, já vou logo dizendo: quem quiser copiar algum texto que escrevi, dizendo ser seu, pode fazê-lo à vontade, não tenho poder para regrar a consciência de ninguém. Por outro lado, caso queira tirar ideia, adaptar, inspirar-se, seja lá o que for, fique bem à vontade. Não vivo de palavras ditas, escritas, grafadas, tatuadas. Vivo de atitudes.

Mas confesso ainda que o comentário fez lembrar-me de Mário Vargas Lhosa, Nobel da Literatura, quando de “Os Sertões”, o autor peruano tira elementos importantes para compor sua obra “A Guerra do Fim do Mundo”. Livro ADAPTADO, no qual os fatos e os personagens são trazidos para a ficção. E diz tratar-se de uma homenagem a Euclides da Cunha...

Este exemplo é somente um, entre inúmeros por aí que nos apontam a transcendência dos escritos. 

Precisamos ir além, gente!

Não basta apenas ser ‘lido por mais de sessenta países’. Bora crescer também, né?

Senão a gente bloga, bloga, bloga pra num sei quantos países nos ler, roda, roda, roda e num passa de  um zé tabaco profissional (Como diria um filho meu, tirando onda. Num sei a quem puxa, abafa!)

E como eu disse hoje pela manhã lá no blog do ILE (Intérprete de Línguas Estranhas) Wendel Bernardes.

"Então vi que todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo"

Vaidade...

Pura vaidade de quem corre atrás do vento!

Parece até que eu estava adivinhando e ele também rss Afinal, eu não vou levar nome de bruxa sozinha, ah, isso não! Quem ler o texto e os comentários lá, entenda. Detalhe: isso lá foi pela manhã, ou seja antes da pérola que vim ler no início da tarde e que resultou neste texto.

Mixxxxxxtério, como diria o JC - que não é Jesus Cristo - o pastor da igreja invisível.

Enfim...

Blogando e aprendendo.

R.

Em tempo:

Considero alguns amigos/visitantes/comentaristas mais chegados devido à familiaridade que vai se instalando naturalmente com a assiduidade (e troca de confetes que alguns despeitados chamam de bajulação). Porém, respeito a todos e considero qualquer comentário, ainda que seja contrário ao meu e, principalmente, se for para acrescentar uma informação, desde que não seja depreciativo a quem quer que seja. RF



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Confissão...







Ó SENHOR DE MISERICÓRDIA,
Perdoa todos os meus pecados do dia, da semana, do ano,
todos os pecados da minha vida,
pecados da juventude, da maturidade e da velhice,
de omissões e comissões,
de mau-humor, impertinência e ira,
dos lábios, da vida e do viver,
da dureza de coração, da incredulidade, da presunção, da soberba,
da deslealdade às almas dos homens,
da falta de decisões ousadas na causa de Cristo,
de zelo insincero pela sua glória,
de trazer desonra ao teu grande nome,
da decepção, da injustiça, da deslealdade
em meus relacionamentos,
da impureza de pensamentos, palavras e atos,
da cobiça, que é idolatria,
de recursos acumulados indevidamente, desperdiçados levianamente,
não consagrados à tua glória, tu que és o grande doador;
pecados em oculto e no seio da família,
no estudo e no lazer, em meio à azáfama dos homens,
na meditação da tua Palavra e na negligência dela,
na oração sem reverência e frivolamente sonegada,
no tempo desperdiçado,
em ceder aos ardis de Satanás,
em abrir meu coração às suas tentações,
em ser descuidado, quando sei que ele está perto,
em extinguir o Espírito Santo;
pecados contra a luz e o conhecimento,
contra a consciência e as restrições do teu Espírito,
contra a lei do amor eterno.
Perdoa todos os meus pecados, sabidos e ignorados, sensíveis e insensíveis,
confessados e inconfessos,
lembrados ou esquecidos.
Ó bom Senhor, ouve; e ao ouvir, perdoa.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Só existe hoje




O dia do Deus da Verdade é, para o homem, o Dia Chamado Hoje.
O passado é uma lembrança.
O futuro, uma fantasia.

É no Hoje que se pode verdadeiramente viver.
Além disso, o Hoje é a porta da eternidade no tempo.
Eternidade e Tempo se tocam no Momento-Hoje.

O passado é história de memórias feitas palavras, letras ou marcos. E, portanto, pertence ao tempo que deixou de ser tempo e virou recordação.

O futuro é ficção, seja construído pela esperança, pela desesperança, pela indiferença, ou mesmo pela vontade de morrer — entretanto, para o homem, é apenas um sonho, uma fantasia boa ou má. A fantasia é o estelionato do que não sendo tenta passar pelo que é.

O Dia-Hoje é fé. Sim! Ele não é ficção porque É, existe. Ora, a fé é. É Certeza. É convicção. Desse modo, somente a fé serve ao Hoje, pois o Hoje é.
A verdade é.
Deus é espírito.
Deus é.

Por isso, o encontro com Deus é Hoje, pois, o Hoje é o ponto no qual a verdade se manifesta como espírito. O espírito é. Hoje carrega espírito e verdade. Hoje, portanto, é para o homem o único dia passível de ser Dia de Deus.

Sendo Deus o Deus da Verdade, que outra relação poderia ter Ele com os homens senão no Hoje?
Afinal, por mais verdadeiro que o passado tenha sido, já não é. E por mais verdadeiro que um dia o futuro venha a ser [exato em relação ao tempo no qual era sonho no passado] — ainda assim não é nada além de especulação; pois no dia em que se tem tal certeza, o futuro já não futuro, mas presente, e, assim, já terá feito a si mesmo passado em relação a si mesmo antes de virar presente.

Portanto, passado e futuro não são. O passado por ter sido, e o futuro por ainda não ser. E quando for já não será, pois, terá se tornado passado.

O Hoje, portanto, é o único ponto no qual a verdade se manifesta.

Por isso, Jesus não aceitou o passado como avalista do Hoje, e nem acatou o futuro como significação do Presente.

Foi por esta razão que Ele falou do passado com “porém” e avistou o futuro com “catástrofe”, e nem por isso deixou de verdadeiramente viver o Hoje sem saudades passadas e sem ilusões futuras.

Quem vive do passado não vive. Recordar não é viver; recordar é ter vivido.
Quem vive do futuro não vive. Projetar poder ser, mas ainda não é...; e, portanto, ainda não é vida, mas apenas uma projeção que pertence à fantasia.

A fé tem passado como esperança para hoje e tem futuro como certeza no agora. Assim, somente na fé — passado e futuro deixam de ser apenas memória e fantasia; pois, a fé atualiza tudo no Hoje, em verdade.

Por essa razão em Jesus não há destino. Afinal, que destino há se a única realidade que é, o é no Hoje?
Na fé o destino é Hoje; e, assim, se destina ao agora.

É por tal razão que para Jesus o significado de tudo está no Hoje.
Hoje é o dia. O único Dia.
O resto não é.
É  é Hoje.

Nele, nosso Hoje.

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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

SANGUE NOVO- DANIEL FARIAS





REGISTRO DE MOMENTOS – DANIEL FARIAS nasceu em Recife, Pernambuco, em 1985, no dia da árvore. No verão, sua família mudou-se para Salvador, quando tinha quatro meses. Não mudou mais de bairro nem de sotaque: pernambaiano, de pitubalina. Aos sete anos aprendeu a ler. Aos 14, entrou para o teatro. Aos 21, fez cirurgia para correção de três graus de miopia e astigmatismo: passou a ver o mundo com mais brilho e a publicar poemas em seu primeiro blog. Formou-se em Direito pela UFBA. Sua carteira de trabalho, no entanto, indica apenas uma profissão: artista, ator. Para isso, muito contribuíram os quatro anos que passou no grupo Vilavox, então residente do Teatro Vila Velha. Há seis anos trabalha como professor de teatro e como monitor de colônias de férias com crianças e adolescentes, que o alimentam muito com as visões que têm do mundo. Escreveu quatro textos infanto-juvenis. Edita o blog http://www.seeufosseumlivro.blogspot.com/. Dedica-se de maneira integral ao teatro, nada pelas manhãs e procura executar as mil idéias e projetos.

JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO – Por que ser poeta? Como foi o despertar da poesia em você?

DANIEL FARIAS – A pergunta que me levou a ser poeta foi “por que não sê-lo?”. Antes dela houve um processo de autodescoberta, um caderno/coleção de frases, poemas e citações (que me levaram a criar as minhas) e uma mudança no caminho de casa numa noite: encontrei um amigo, por acaso, num ponto de ônibus. No papo de atualização das vidas (que durou hora) me disse ser poeta e ter um blog. Depois de lê-lo, cheio de comentários, descobri outro universo: de poetas vivos, de leitores atentos e de muito a ser dito. Então passei a publicar e não parei de escrever. No início era apenas prosa, um pouco distante em terceira pessoa. Mas foi inevitável aproximar-me de mim mesmo para continuar. E então veio: por que não? Já que estamos vivos, como a poesia.

JIVM – A poesia exerce algum papel na sociedade? E o que você pretende com sua poesia?

DF – A poesia, como toda arte, é alimento. Não conheço quem viva sem. Ela é a pausa necessária e urgente a todos os membros da sociedade. Ela é multifacetada, etérea e se adapta facilmente. Podemos vê-la em diversos momentos de nossa vida, ela ultrapassa os versos e os papéis, esses são apenas meios de registrá-la. Daí porque às vezes talvez passe despercebida e é justamente por isso que precisamos lembrar de sua existência. E de sua importância na sensibilização dos homens: de seus olhares, de suas relações, de suas percepções de mundo e dos outros. Se, de alguma forma, meus versos puderem, minimamente, contribuir com isso, estarei satisfeito.

JIVM – Quais são os seus poetas referenciais? O que você está lendo atualmente? E prosa você lê também? Mais conto ou romance?

DF – Comecei com Drummond. Converso com Vinícius e Pessoa. Waly me intensifica. Arnaldo me expande. E é sempre bom passear por Leminski, Bandeira e João Cabral. Ultimamente tenho lido e me admirado com poetas que tive a honra de conhecer pessoalmente: Cajazeira, José Inácio, Kátia Borges e Eliana Mara. Com Damário não dei essa sorte, mas sinto-me próximo pela amizade que tenho com seu sobrinho. Minhas amigas Emília Nuñez, Fernanda Veiga e Raiça Bomfim também são simplesmente maravilhosas. Leio muitos livros em prosa, a grande maioria são romances. Meu melhor amigo nesse estilo morreu recentemente, ocasião em que soube que Saramago é um tipo de árvore que nasce nos escombros. Calvino, Cortázar e Dostoiévski também foram grandes acontecimentos.

JIVM – Heidegger definiu a poesia como “fundação do ser mediante a palavra”. O que você acha dessa definição? E você como define a poesia? E mais, como você define a sua poesia?

DF – Gosto muito da definição de Damário: “Para que serve a poesia? Para fazer o homem. Para que serve o homem? Para fazer poesia.” Talvez seja onde o homem é mais humano. Sendo esse o manancial da fundação, ótimo. Um local para onde voltarmos para lembrar quem somos. Gosto de pensar minha poesia como o registro de momentos sob meu olhar, a paralisação do tempo, o recorte de algo essencial e sua reverberação em mim. A poesia é um sinal amarelo (http://seeufosseumlivro.blogspot.com/2009/06/sinal-amarelo.html). A única maneira que conheço de compartilhar tudo isso é o poema, já que não desenho.

JIVM – Algum livro em andamento? Quando o poeta Daniel Farias pretende sair da gaveta, melhor dizendo, do blog para o livro? Tem algum outro projeto que tenha ligação com a sua poesia? E o que mais?

DF – Acho fundamental ultrapassar a virtualidade. Concordo com Caetano quando diz que “os livros são objetos transcendentes, mas podemos amá-los do amor táctil”. É uma honra integrar essa iniciativa perspicaz do Sangue Novo. Tenho um projeto com alguns amigos em fase de seleção no edital estadual de criação literária (estamos habilitados, pelo menos - risos). Chama-se Segundos Instantes, e é voltado para esse segundo olhar sobre os intervalos. A proposta inclui palestras de fomento à escrita e à captação poética, para que outros jovens sintam-se legitimados a tanto. Acho importantíssimo vencer a inércia e propor essas coisas, é uma vitória contra nós mesmos. O próprio título de meu blog aponta para isso. Talvez mude o seu tempo verbal, inclusive. Outra idéia é reunir alguns poemas em um livro chamado Quandos. Outro projeto é o espetáculo Há Mar, poético e itinerante, também com amigos e também no aguardo. Além disso pretendo colocar poesia no rádio. Precisamos fazer com que ela chegue desmistificada ao encontro do maior número de pessoas. A percepção poética também é mote para um experimento audiovisual, também em pré-produção, intitulado Paissagem. Alguns escritos foram recentemente inseridos no espetáculo A Canoa, do Groove Estúdio Teatral. No mais? Sigo priorizando minha maior paixão: o teatro! E brincando de fazer música no violão, uma hora apresento alguma coisa, sempre com amigos, sempre com prazer.

Extraído DAQUI