"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Na falta de energia...




A ideia deste texto abaixo surgiu durante umas duas horas que faltou energia elétrica por aqui.

Não sabia que nome dar porque vieram vários à minha mente.

Pensei em colocar:

Como administrar o seu tempo sem energia (elétrica)

Como gastar suas próprias energias

Como manter-se ocupada sem energia (duplo sentido)

Enfrentando desafios no escuro (Essa não cola, era dia claro)

Bom, aconteceu que no início da tarde de ontem, pós almoço, faltou energia elétrica no pedaço e euzinha me peguei literalmente de mãos atadas. Não dizem que quando falta algo precioso é que damos valor? A mais pura verdade. Sim, pois em tudo que eu me movimentava para fazer, me impedia por depender (quase) inteiramente de energia (a elétrica).

A começar que eu tinha acabado de chegar ao meu quarto, escovei os meus dentinhos e tal, e já me organizava para dar uma checada em meus e-mails, nos recadinhos de MSN, nos comentários em meus blogs, olhadelas em outros, e alguma pesquisa eventual na web de modo geral. Sem chance. Tudo apagado.

Então, tento ligar a TV pelo condicionamento e teimosia tola - E redundante rss - em achar que apertando o botão do controle remoto com mais firmeza que a usual, automaticamente se faria som e imagem. Mas a imagem e o som não se fizeram. Obviamente.

Saio do quarto por não suportar o calor. Abrir a janela? Nem pensar! E até que receberia a brisa do mar. Porém, ela (a brisa) viria junto com a poluição sonora e atmosférica de um gerador obsoleto do prédio vizinho que serve pelo menos aos elevadores. Até que aqui também havia um, mas reza a lenda que quando da primeira convenção foi vendido com a justificativa de que não seria tão necessário. Enfim, sem comentários, pra não correr o risco de ofender.

Olho para o lado e vejo um filho se produzindo pra sair, comentando sobre as escadas dos doze andares que enfrentaria logo mais. Outro, friccionando o ferro contra a camisa com certa insistência em cima da própria cama já ia me perguntando se o ferro pifou quando se deu conta do que já sabia. Ri discretamente em função da cilada que eu acabara de cair com a TV.

Tento ligar para meu irmão e falar de coisas que a energia elétrica me fez adiar rss mas o telefone sem fio (O único que tenho, que vergonha!) também depende da dita cuja - aprendi esse termo com meu parceiro João Carlos. Pensei em mandar um sinal de fumaça, até porque da minha janela quase dá pra avistar o prédio dele, então me dei conta que nem fósforo eu tinha. Foi quando tentei ferver a água para fazer a minha gelatina diet do lanche das 15hs. Não tinha como, xau gelatina, volte mais tarde, quem sabe... Enfim, sem acendedor automático funcionando, sem fósforo, sem isqueiro. Afinal sou uma ex-fumante que se preza, nem cinzeiro tem na minha casa. Não que eu seja radical, quando chega um fumante (raro) eu improviso.

Pois bem, a essa altura eu já dizia para mim mesma:

- Calma, não entre em pânico, respire fundo e se precisar conte até três, mas pense outra vez meu bem, meu bem, meu bem...

Mas como ficar calma?! Faltar energia até aí "tudo bem"! Mas porque não faltou também aqui do outro lado do meu prédio?! Sim, porque eu acabara de descobrir que a britadeira desse bendito prédio em construção consegue a façanha de encher mais o saquinho quando falta energia.

Construção que, diga-se de passagem, tem batido todos os recordes no quesito transgressão de normas. Não respeita dia de sábado – nada a ver com crendice religiosa – não respeita horário de almoço e ainda entra pela noite ao som de sua orquestra de uma nota só. Isso é o que eu chamo de exercício abusivo de poder. Poder pagar todas as multas. Então dona Construtora Queiroz Galvão, bora incomodar as pessoas ao redor, né? Não importa se é uma idosa (quase meu caso), um recém-nascido ou um doente. Bom, mas isso é outra história. Foco!

Enfim, chego à área de serviço casualmente (Afinal, um tour pelo recinto também serve pra passar o tempo e relaxar) e olho para a máquina de lavar. Olho novamente e vejo algo impressionante! Faltava pouquíssimo para ela completar sua tarefa quando a energia se foi. E eu até que já ia saindo, porém, não sei porque cargas d´água, invento de olhar novamente aí me vem a forte impressão de que aquela porta enorme e arredondada está esboçando um sorriso sarcástico. Foco de novo, dona Rê!

Respiro fundo novamente e saio de fininho, cantarolando baixinho, tipo disfarçando. Então percebi que se aproximava a hora da acupuntura com moxa de Átila (Átila é o cachorro) corro para tentar remarcar outro horário de modo que Dra. Thaysa não passe pelo constrangimento de ter que subir e descer doze andares de escada em pleno horário de trabalho e certamente agenda lotada. Seria uma maldade. Quando penso que tô aqui falando, celular no ouvido, apaga tudo. Celular descarregadésimo. Normal, para uma perfeita distraída. Até meus filhos me perguntam pra que é mesmo que eu tenho celular rss Se saio de casa esqueço de levá-lo, se levo está quase descarregando, é (quase) sempre assim. Bom, mas aí eu tive a brilhante ideia de interfonar e avisar na portaria do prédio para não a deixar subir e quem sabe esperar um pouco no hall, talvez a energia elétrica resolva voltar de repente ou então quem sabe ela (a médica) decida voltar em outro horário, remarcar, enfim... Então, quando pego o aparelho de interfone e olho para a peça em minha mão e ela olha para mim, e eu olho para ela e ela olha para mim fria e implacável, dou um suspiro e coloco-a de volta. Simplesmente envergonhada, cansada e emudecida pela forte pressão circunstancial.

Foi quando pensei em algo mais dramático, do tipo oh céus, oh vida, nem me jogar da janela eu posso por causa da tela! E não porque a faca e a tesoura sejam elétricas, mas é porque assim já é dramatizar demais, bora combinar. Foco de novo (Affe, tô assistindo muita Malhação rss)

Enfim, olhei pra uns três livros de leituras iniciadas, umas revistas, até dei umas folheadas mas sem qualquer vontade. Olhei pra minha bíblia lilás novinha (linda, ganhei de uma nora) mas peguei foi a preta grandona mesmo. O tal L.P.A. como diz meu amigo J.C.

Peguei essa minha bíblia (finalmente fiz algo sensato rss) e confesso que o que veio a seguir até parece uma piada. Eu, que não curto esse lance de cartomancia bíblica, coloco a minha bíblia aberta aleatoriamente em cima da mesa e vou pegar água pra beber. (Sorte, ainda estava geladinha). Quando volto, leio casualmente na página que ficou aberta. E acho engraçado. Não é invenção, Deus o sabe! Tá lá na minha Bíblia de Estudos, pagina 703:

Tempo- Administração do Tempo:

Como aproveitar o Tempo, dom de Deus.

(Bíblia da Mulher, Ed.Mundo Cristão. SBB-2003)

Não deu outra, na falta de energia elétrica foi a melhor forma encontrada para usar minha energia e meu tempo.

Sem drama.

3 comentários:

Eduardo Medeiros disse...

legal essa sua saga sem energia..rsssss

por fim, um boa leitura de como administrar o tempo. mas vem cá, você consegue mesmo seguir os "dez passos" pra administrar bem o tempo???? é que eu já li muita coisa sobre e nunca consegui seguir nadinha de nada..kkkkkkkkk

enfim, valeu a companhia da Escritura que diz o salmista ser a "luz para o caminho".

beijos

Regina Farias disse...

Edu, nunca entrei nessa de dez passos em nada, sou meio desorganizada rss

Na bíblia era um texto super agradável que levava a outros textos e referências bíblicas, enfim leitura demorada e gostosa :)

beijos

Irismar Oliveira disse...

Boa noite Regina!! Seja bem-vinda ao Vivendo pela palavra!! Parabéns pelo blog.