Não que eu tenha experimentado riquezas do tipo “ostentação propriamente dita” nem também que eu tenha virado catadora de lixo.
Não. Não cheguei a nenhum desses picos que muitos vivenciam nesse mundão afora e aqui nesse meu comentário não cabe qualquer julgamento acerca da existência desses extremos.
Apenas me veio à memória a mudança drástica que eu experimentei quando a infidelidade bateu à porta da minha vida conjugal, provocando uma significativa queda de padrão.
Tudo ruiu.
As coisas materiais que dão muito conforto e uma falsa segurança começaram a evaporar, a escapar das mãos, do intelecto, do coração, do ser.
Tudo ruiu.
As coisas materiais que dão muito conforto e uma falsa segurança começaram a evaporar, a escapar das mãos, do intelecto, do coração, do ser.
Como diz a antiga canção: “meu mundo caiu”.
E isso não é um lamento, apesar da triste canção. Foi mesmo necessário que meu mundo caísse, que houvesse uma desconstrução total, uma reviravolta completa, enfim, uma metamorfose, para que eu caísse literalmente “na real”.
E nessa desconstrução não pesa apenas o lado material, mas todo o conjunto que nos sustenta ilusoriamente e que engloba o ser como um todo: física, mental, emocional e espiritualmente. Faz-se necessário esse desmonte dos pequenos deuses da nossa existência para que, em repaginada total, a gente enxergue quem é de fato o nosso Deus. O Deus que nos segura em queda vertiginosa.
O mais curioso de tudo é que nem a tempestade que vem nem a bonança que se instala, acontecem como por mágica em um único passo. Ambos passam por um loooongo processo até chegar às vias de fato. E às veias!!!
Ou seja: o rebuliço que desencadeia situações irreversíveis trazendo a mudança necessária - e dentro da perspectiva de Deus - não acontece da noite para o dia.
E depois que a tempestade passa, você analisa os destroços e consegue dizer mais ou menos como disse Paulo aos filipenses (4:10.13) sobre ter APRENDIDO a viver contente em toda e qualquer situação.
É, de fato, um aprendizado.
Ele diz:
“Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez”.
E é aqui que muitos se vangloriam batendo no peito, dizendo: “tudo posso naquele que me fortalece” sem atentar para os versos anteriores.
Pois aqueles que “se acham” semideuses devido a um suposto poder concedido por um deus igualmente caprichoso e infantil, não atinam para as entrelinhas de um contundente “tudo posso SUPORTAR n´Aquele que me fortalece”.
Meu carinho,
R.