"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Diva e divã


Aos vinte nos casamos, aos 30 somos belas e tememos os 40 sem imaginarmos que lá nos permitimos um deslumbre de nós mesmas. Chegamos aos 40 e nos surpreendemos, pois ainda nos percebemos enxutas, cheias de vitalidade e massa muscular em cima. Olhamos para nós, para o tempo, para a lente de aumento, para o espelho... E dizemos: nem doeu, e aqui estou eu. Inteiraça!

Aos 50... Tudo bem, concordo que vai embora um pouco de massa muscular mas de quebra vem maturidade. Que bom, pois junto com ela vem bronca pesada que só mesmo muita maturidade pra segurar a onda. Os problemas de saúde começam a surgir com mais frequência. Alguns engraçadinhos (mais jovens, claro!) dizem que é a idade do condor: com dor aqui, com dor ali... É quando se resgata a porção criativa e bem humorada, tirando de letra situações mais delicadas.

Quem não se lembra da personagem da Lília Cabral, cinquentona aparentemente com tudo em cima, em cena típica de “O Divã”? É na boate dançando com o garotão que ela cai em si – literalmente - ao sentir o peso da coluna. Não em peso adiposo, mas de tempo... E isso não é “privilégio” das mais cheinhas, qualquer uma está sujeita a passar por essa saia justa. Cá pra nós, euzinha sei bem o nome dessa saia justa, justíssima: coluna vertebral! Esta nos denuncia, não tem preenchimento, lifting, botox nem bisturi que disfarce. Cruel rss

Não tem jeito, chega uma época em que a coluna nos sugere algumas mudanças drásticas no nosso estilo de vida. E você até pode apelar pra acupuntura, hidroginástica e pilates. Tem mesmo que apelar, pois estes são ótimos companheiros no alívio desse incômodo, mas a palavra de ordem é desacelerar. Sem crise. Gradativamente.

Então, quanto mais o tempo passa, mais dribladoras nos tornamos, sempre optando por boa qualidade de vida. Tornamo-nos mais exigentes e seletivas, porém com leveza e naturalidade. Só assim não ficamos com a sensação de que estamos perdendo algo, deixando alguma coisa pelo caminho.

O bom é que junto com todas essas dores próprias da idade vêm também alegrias próprias da idade que contrabalançam e dão o equilíbrio exato. Alegria de poder optar pela própria idade; alívio de não ter mais que brigar tanto para parecer mais jovem; sentimento de autoconfiança que só o tempo pode proporcionar e que podemos resumir em uma palavrinha mágica chamada serenidade.

A alegria da mulher de 50 é uma alegria gostosa, intensa, na porção exata e necessária. Na justa medida conferida pela existência. Olhar para trás e pensar que está (quase) inteira diante de todas as intempéries a faz uma vitoriosa.

Vitoriosa em conquistas “por tabela”. Sim, pois ser avó é ser mãe novamente sem obrigações, podendo rolar com o neto na praia, na cama, no chão, no tapete. Com aquela energia revisada e revisitada ao ouvir de novo o riso inocente, espontâneo, sincero.

Ah, o neto, a netinha... A alegria de ter um neto é indizível... Entretanto, parafraseando Affonso Romano, arrisco dizer que além de poder mostrar-se como modelo de vida, é uma feliz oportunidade para reeditar o afeto ocioso e estocado.

Hoje eu recebi um e-mail de um tio no qual há um fragmento que me inspirou a fazer essa enxuta viagem em mim mesma e que diz assim:

“A emoção toma conta de mim, quando você diz que se emociona facilmente e por isso, acredita que está ficando velha. Não. Está ficando cada vez mais "apurada". Cada vez mais entende as coisas escritas nas entrelinhas”.

Ele, alguns anos à frente, certamente sabe o que diz...





“Se O SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam”.
(Sl 127a)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Encontro marcado por Jesus




A coisa mais maravilhosa do mundo é descobrirmos que esse Jesus maravilhoso nos ama de forma exclusiva!

Sempre gosto de citar o Salmo 139 que expressa muito bem essa exclusividade e o cuidado especial que Ele tem para com os seus filhos com Sua presença constante, demonstrando um amor incondicional. Pois Ele não nos ama pelo que somos e sim pelo que ELE é!

Reconhecer no Deus outrora carrasco em nossas concepções, um Pai amoroso que só quer o melhor para Seus filhos, transforma o coração. Tudo fica diferente, pois o encontro impactante com Jesus nos faz enxergar as coisas sob outro prisma!

E é assim que as coisas que estão do mesmo jeito começam a ser mudadas.

Estão do mesmo jeito, mas com o amor de Cristo tatuado em nosso coração, a forma como as encaramos é outra. A mudança é interior.

Daí tudo fica mais fácil: as relações com as pessoas, a maneira de enfrentar as dificuldades e, principalmente, sempre renovando a alegria de viver; um viver com qualidade em todos os sentidos, com a alma zerada, saudável, onde por meio do amor implantado em nossos corações, não permitimos que as tristezas da existência e outras emoções negativas nos minem as forças e a esperança!

Quando Jesus diz “eu vim para que tenham vida e vida em abundância”, Ele não se refere apenas à vida eterna, mas também à nossa existência humana. Também não promete coisas como bênçãos e referências de felicidade. Pelo contrário, ele nos alerta acercas das aflições que haveríamos de passar mas nos diz que tenhamos bom ânimo, por ele já haver vencido esse sistema que se opõe a Ele; e que essas tribulações “do mundo” não são nada diante da paz que Ele instala em nossos corações.

Tudo bem, somos peregrinos. Mas almejamos essa vida de qualidade e Jesus está nos propondo isso a todo instante, só precisamos estar atentos a esses sinais que vêm dEle.

E quando o procuramos, de todo coração... nós O achamos!

E o melhor de tudo é que quando Ele sabe que o buscamos verdadeiramente, não espera que nos acheguemos até Ele. Ele vem ao nosso encontro como na passagem da samaritana (Jo4) e na parábola do Filho Pródigo. (Lc15)

E nos põe no colo!

E faz a maior festa!

Esse é O PAI que nos sacia com a Sua PAZ.

Não existe nada melhor nessa vida, do que provar desse maná. E quando provamos, então... Nunca mais queremos deixar de provar.

É algo diário. Eu mesma costumo dizer que o que mais gosto é da overdose desse AMOR!

E assim como ele vem em grande quantidade, não há como não distribuir...

E também Ele não nos impõe nada; de uma delicadeza tão simples quanto desconcertante e sem qualquer resquício de ameaça Ele simplesmente diz:


“Eis que estou à porta e bato.

SE alguém ouvir a minha voz e abrir a porta,

entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo”.

(Cf Ap 3.21)

RF

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O que fazer no meio da tempestade?

Atos 27: 1 a 44


Trata-se de um naufrágio.

Paulo apelara para a Suprema Corte, em Roma, e Júlio, um centurião romano, o escoltava. Lucas acompanhava o amigo Paulo.

O melhor era não ter ido, porque o mar estava revolto e havia cheiro de perigo no ar!

E é no insucesso dessa viagem de Paulo que se aprende a lidar com as situações-furacão que nos acometem na vida.



Primeiro Princípio :

Use o bom senso para não entrar na tempestade. Se há cheiro de chuva, não vá. (27:9.10)
Realismo é parte de qualquer sabedoria. Não há gestão sem senso de realidade.
E a espiritualidade cristã não promove a suspensão de ventos e nem nos incita a tentar ao Senhor.
Para Paulo, seria melhor não ter saído de Bons Portos. (v.8)



Segundo Princípio:

Se você já entrou na tempestade, não despenda energia se alimentando de razões passadas.
Paulo diz que era melhor não terem ido.
Mas, já que foram, diz ele, “agora vos aconselho bom ânimo” (vs 21.22)
Deve-se fazer tudo para não entrar, mas se entrou a única saída é não viver de antigas razões ou mágoas.
Uma vez dentro do problema é preciso trocar razões por bom ânimo, pois a história não muda com explicações e sim com ações.



Terceiro Princípio:

Ninguém entra no tufão e sai sem perder alguma coisa.
E Paulo sabia disso. Há perdas certas. Então, a questão é decidir o que perder.
Para ele o que não se podia perder eram vidas.
Coisas são reposicionáveis, vidas não! Daí, para ele, perder-se-ia somente o navio. (v 22)
Há pessoas que preferem salvar coisas, mas quem perde coisas não perde muito.
Vidas é que não se repõem. Como se diz, dos males o menor.
Afinal, ninguém sai do furacão com tudo na mão!



Quarto Princípio:

Entenda que bom senso e oração se complementam.
Discernir que ações humanas e visitas angelicais não são fatores antagônicos, é o princípio da lucidez.
O anjo que visita Paulo é mais um assessor do que interventor.
É por crermos apenas em anjos pirotécnicos que não discernimos anjos sóbrios.
Paulo aceitava a visita de anjos que mostravam o caminho mesmo que não parassem os ventos. (v23.26)



Quinto Princípio:

Creia na visita de anjos mas não abra mão de todos os recursos humanos(v 30.31)
Paulo era apóstolo, não marinheiro. Por isso, mesmo visitado pelo anjo, ele não dispensa a técnica dos marinheiros.
Ele sabia que isso diminuía as dificuldades.



Sexto Princípio:

Creia em tudo que foi dito acima e nunca ache que anjos substituem energia humana.
Assim, é que Paulo recomenda ter fé e bom ânimo mas também comida e cuidados com as energias do corpo. (v 33.36)

Era uma urgência que não pedia jejum!


Resultado:

Todos se salvaram porque os elementos da GRAÇA estavam presentes:

Realismo (bom senso), bom ânimo, escolha sábia entre perdas, certeza da presença divina, auxílio humano e técnico e, por último, manutenção do vigor físico.

Nessa situação vemos:

1. A demonstração de uma espiritualidade genuinamente integral, onde se crê em anjos e na ajuda humana;

2. Alimento para o corpo e bom ânimo para a alma;

3. Realismo para não se entrar e esperança para se sair;

Finalmente, sabemos que num mundo caído temos que admitir que há perdas inevitáveis - e que sejam coisas, pois quem sobrevive pode reaver coisas; quem morre não tem o que reaver!

(Caio Fábio)



“Mas o que, para mim era lucro, isto considero perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado Nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me (tornando-me como ele) na sua morte; para, de algum modo alcançar a ressurreição dentre os mortos.

Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.

Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (cf Fp 3: 7.14)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Filhos adultos





A parábola do filho pródigo (Lc 15:11.32) nos traz ensinamentos preciosos de como lidar com filhos já crescidos. E, por meio dessa analogia que Jesus faz ao apresentar o perdão de Deus, Ele aponta um modelo de relacionamento correto entre pais e filhos adultos.

Além disso, encontramos também nesta parábola, considerações muito curiosas a respeito de quebra de certas regras. Sim, pois o exercício do amor implica em algumas flexibilidades.

Primeiro que o pai reconheceu a independência dos filhos e mesmo não concordando com a atitude do mais novo deixou que ele seguisse seu próprio rumo sem nada questionar. Embora naquela cultura não fosse comum o pai repartir os bens ele simplesmente deu-lhe a sua parte da herança e o filho se foi.

Outra coisa muito interessante  e que merece toda ênfase, foi o pai correr ao encontro do filho, porque naquela cultura um pai jamais faria aquilo. Sua alegria em ver o filho retornando era tão grande que ele esqueceu todas as regras. Para completar, o tratou como se trata um convidado especial, com todas as honrarias. A melhor roupa era sinal de posição social; o anel indicava autoridade; as sandálias eram sinal de luxo e liberdade (Os escravos andavam descalços). E, finalmente, a menção do “novilho cevado” demonstrava que era uma ocasião especial.

Quando o filho mais velho reclamou do modo como seu irmão tinha sido recebido, o pai conversou com ele de forma adulta, ao invés de exigir que ele lhe obedecesse e parasse de se comportar como se fosse ainda uma criança mimada e caprichosa que batia pé diante de todos os holofotes voltados para o outro.

Os dois filhos receberam do pai o mesmo amor incondicional e também a mesma disposição pra perdoar e esquecer tudo que passou de desagradável.

O pai os deixara à vontade para que tomassem suas próprias decisões e colhessem as consequências de suas escolhas pessoais.

Ser adulto não impede uma interdependência amorosa e respeitosa entre filhos e pais.

A ligação afetuosa que une pais e filhos não se desfaz com a idade, nem com a inevitável saída da casa paterna, e muito menos com a subsequente formação de uma nova família. Ao contrário, essa ligação é a base de um compromisso que vai desde o nascimento e se estende por toda a existência. O compromisso de estarem sempre disponíveis e de se ajudarem mutuamente nos momentos de necessidade.

Como diz o salmista:

Quando eu era filho em companhia de meu pai, tenro e único diante de minha mãe, então ele me ensinava e me dizia; retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos e vive; adquire a sabedoria, adquire o entendimento e não te esqueças das palavras da minha boca, nem delas te apartes. Não desampares a sabedoria e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá. (Pv 4:3.6)

(Adaptado)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Poema sobre o amor incondicional




Não me move, meu Deus, para querer-Te

O céu que me hás um dia prometido

E nem me move o inferno tão temido

Para deixar por isso de ofender-Te.



Tu me moves, Senhor, move-me o ver-Te

Cravado nessa cruz e escarnecido.

Move-me no teu corpo tão ferido

Ver o suor de agonia que ele verte.



Moves-me ao teu amor de tal maneira,

Que a não haver o céu ainda te amara

E a não haver o inferno te temera.



Nada me tens que dar porque te queira;

Que se o que ouso esperar não esperara,

O mesmo que te quero te quisera."


Tereza d`Avila (Trad.Manoel Bandeira)

O título é bem "católico": Ao Cristo Crucificado.

As profundezas



Perdi o temor das ondas que tentavam me encobrir. Antes nadava contra as correntezas que procuravam me arrastar para as profundezas do oceano. Passei a ver que este temor era desnecessário. Na verdade temia o desconhecido. Sempre gostei de andar em segurança, mas não há como manter tudo sob controle, e o desconhecido não é tão mal assim. Não importava o quão bom nadador ou cauteloso eu fosse. Sempre que tentei me manter de pé por conta própria caí, todo desengonçado.

Não quero mais ter o controle. Sou incapaz de decidir o que é o melhor para mim. Quando entendi que não tenho como manter o controle de tudo, me deixei levar. No início por falta de opção. Agora por total confiança (Deus é expert em tirar o melhor de nós...). Quando dou por mim, estou nadando entre lindos peixes e corais. A substância que supostamente poderia me levar à morte não me sufoca mais. Apenas o temor do desconhecido me prendia. Não sabia que já era capaz de sobreviver sob as águas. Nado e vasculho as profundezas do oceano. Encontro tesouros perdidos, maravilhas ocultas que nem era capaz de imaginar. Descubro que é necessário confiar. O que via na superfície não era real, existe vida nas profundezas, existe luz no meio das trevas.

Deixei de ser covarde. Hoje saio à caça de meus tesouros nestas profundezas. Não carrego nada comigo. Nem mascara para mergulho, nem balão de oxigênio. Nenhum apetrecho de sobrevivência, pois não sei quais situações enfrentarei e não posso carregar tanto peso. Nesta confiança infantil, faço-me um com a nova natureza, que passa a ser excitante. Nada de temor, apenas a sensação de liberdade. Não tento mais enquadrar a realidade no meu foco estreito. As profundezas são imensas, cheia de vida. Meu temor se dissipa e me torno um com a Criação.

Meu Criador me habilita atravessar os mares. Antes achava que o mar se abriria ou andaria por sobre as ondas, mas não é assim que tenho visto. Mergulho, deixo-me levar e conheço cada vez mais o profundo do profundo de Deus. Momentos antes inimagináveis aprendi a gozar. Prazer na dor e na frustração, pela simples confiança de que tudo está sob o controle do Abba. Tenho visto a vida por outro ângulo, descobrindo vida onde para muitos apenas há o caos e a desordem. No mergulho que faço em meu interior, conheço-me cada vez mais.
Assim caminho, ou nado, ou sou arrastado… Total confiança.




domingo, 19 de dezembro de 2010

Homenageado do dia




Hoje é aniversário de meu filho Ricardo.

Ele é o terceiro. Quero dizer, ele foi o terceiro a nascer.

Aliás, mãe não tem isso de classificação, é como se todos fossem um só.

Lembro-me que quando nasceu o primeiro, eu logo me apressei para ter outros, para não ter que dar todo meu amor a um único filho senão a overdose de amor poderia mimá-lo demais e estragá-lo.

Eu precisava urgentemente repartir com mais filhos todo aquele amor que transbordava meu ser e que era fruto de uma sincera relação amorosa.

Tive apenas quatro. Não pude ter mais.

Quando “o último” nasceu minha médica disse que ia fechar a fábrica porque as paredes (do útero) estavam muito frágeis, não aguentariam mais uma barriga rss

Enfim, aí está o rapaz! Lindo por dentro e por fora. Nem a careta compromete sua beleza rss mãe coruja é fogo!

Por isso, em sua homenagem, coloquei essas fotos abaixo he he que são “a cara” dele.

Coisa de genética, que passa de pai pra filhos rss

Que Deus os abençoe!



RicardoMarina
Ricardinho




Aniversaria também hoje um tio dele que muito prezo (meu irmão, Demóstenes, parabéns!).

                           Até dediquei um texto a ele no Dia Nacional do Livro


Marininha
Ricardinho


BOM, bonzinho NUNCA!



Este texto abaixo tem inteira ligação com ESSE OUTRO que postei dias atrás.


Outro dia alguém me perguntou qual é o limite, a referência “basta”, para o mandamento de fazer aos outros o que queremos que os outros nos façam.

Sim, porque fazer incansavelmente à mesma pessoa o bem que gostaríamos de receber dela, e receber de volta apenas e tão somente o oposto, pode fazer com que o outro (o que recebe apenas o bem) se vicie no fato que de nossa parte só vem a mansidão; e, assim, se torne adoecidamente mimado, abusivo, injusto, e até perverso.

Nesse caso, aquele que continua infinitamente a tratar a pessoa daquele modo como gostaria de ser tratado, pode, inconscientemente, desenvolver a doença da bondade, que é a manifestação de uma bondade que não sabe fazer o bem, mas apenas a “bondade”, a qual, sendo recebida por um ser abusivo, pode receber dele a reação que há pouco descrevi; e, naquele que é o ser da bondade, desenvolver uma “bondade adoecida”, posto que se torna co-dependente do outro-abusivo, e insiste em si mesma como “bondade”, apenas porque já não sabe viver sem ser sob o abuso.

Nesse caso, o que se deveria de melhor desejar a nós mesmos é que qualquer um que nos visse nesse estado de prática de abusividade contra o próximo, nos confrontasse, e nos acordasse para o fato de que quem vive assim é doente e se torna perverso. Por isso, eu também esperaria que tal pessoa me tratasse com a necessária energia, pois, não desejo ficar doente de alma.

De fato, por onde quer que você olhe para esse mandamento do amor ordenado por Jesus, fica claro que Ele não incita aos romantismos da bondade adoecida. Ao contrário, ele nos manda pensar o que seria o bem, e não o que seria “gostoso”. Portanto, Ele nos põe na vereda da propriedade e da pertinência em todas as coisas.

Nessa medida existencial ensinada por Jesus cabe o resposta-proposta certa para cada situação da vida, e isso, se se tem em mente o bem, e não os estereótipos de “bondade”. Não é preciso haver moralismos de nenhuma natureza quando se tem essa medida do mandamento do amor ensinado por Jesus. Literalmente Ele traz à existência tudo o que é bem e bom, e com toda a propriedade e pertinência; pois, sua aplicabilidade é ilimitada.

Esse mandamento de Jesus não gera seres tristemente bonzinhos, mas seres humanos fortemente bons. Na realidade é para essa “uma só coisa” que Jesus faz o Evangelho inteiro se fazer condensar. Daí procedem todos os caminhos da vida, e nada que não nasça aí é realizador do bem em sua total propriedade.

Quem alcança tal disposição mental em todos os níveis da vida, sendo capaz de ver tudo, o tempo todo, com tais olhos, esse chegou na estatura do varão perfeito. Essa deveria ser uma ambição de entendimento que todos nós deveríamos buscar.

Afinal, fora de tal modo de ver a todas as coisas, o que sobra é apenas a militância nas leis do ódio e da vingança; ou então, cria a “bondade ineficaz”, e que gera seres passivamente bonzinhos, e que nada produzem de mudança em si mesmos e no mundo.

A Humanidade que o diga!


(Grifos meus-RF)

Emoções Reprimidas




Segundo psicólogos do mundo inteiro, todas as doenças que temos são criadas por nós.

‘Todas as doenças têm origem num estado de não-perdão’, diz a psicóloga americana Louise L. Hay.

Afirma ela, que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo e sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir com quem precisamos nos desculpar.

Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos indultar mais.

Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão.

Portanto, segundo especialistas, pedir desculpas dissolvem o ressentimento.

A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis causas.

Reflita, vale a pena tentar evitá-las.

DOENÇAS / CAUSAS:

Emoções reprimidas, criatividade sufocada -  AMIGDALITE.

Resistência. Recusa em ver o bem no outro - ARTERIOSCLEROSE.

Crítica conservada por longo tempo - ARTRITE.

Sentimento contido, choro reprimido - ASMA.

Gritos, discussões - BRONQUITE.

Magoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo - CÂNCER.

Medo de aceitar a alegria - COLESTEROL ALTO.

Resistência. Rejeição a vida - DERRAME.

Tristeza profunda - DIABETES

Incerteza profunda. Sensação de condenação - GASTRITE.

Medo, culpa - INSÔNIA.

Ressentimento, frustração, ego ferido - NÓDULOS.

Preso ao passado, medo de não ter o suficiente - PRISÃO DE VENTRE.

Alimentar mágoa - CISTOS.

Congestão emocional: culpa, crença em perseguição - RINITE ALÉRGICA.

Crítica, desapontamento, fracasso - DOENÇA NOS RINS.

Irritação com pessoa próxima - SINUSITE.

Alimentar mágoas. Acumular remorsos - TUMORES.

Medo. Crença de não ser bom o bastante - ÚLCERAS.

Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado - VARIZES.



(Postagem antiga; recebida por e-mail; autoria não-identificada)





"O coração alegre é bom remédio,

mas o espírito abatido faz secar os ossos."

(Provérbios 17.22)



sábado, 18 de dezembro de 2010

Sonda-me, SENHOR




Sonda-me

Quebranta-me

Transforma-me

Enche-me...

E usa-me!

Essa sequência é simplesmente perfeita e eu creio ter sido inspirada no salmo 139, no qual o poeta revela sua íntima comunhão com o Senhor e a certeza de que Ele sabe tudo acerca de seus pensamentos, sua vida, seus sentimentos, seu passado, presente e futuro.

Só podemos nos deixar usar por Deus se há uma disposição no coração de se deixar esvaziar de si-mesmo. Afinal, não há como encher o que já está cheio.

Quando eu peço-Lhe que me sonde, estou depositando minha total e irrestrita confiança Naquele que eu sei que posso confiar porque não vai me condenar, seja o que for que Ele encontrar no meu coração; pois somente ele tem a capacidade de julgar corretamente.

E não estou apenas colocando inteira confiança, estou entregando minha vida; e, quando entrego minha vida a Ele, automaticamente largo o leme e me deixo esvaziar de tudo que há em mim; deixo Ele me quebrantar e me transformar.

Daí a sequência inevitável, pois se há essa entrega sincera e eu me deixo sondar, quebrantar e transformar, há um rebuliço tão grande nos meus conceitos e valores que tudo que há lá dentro do meu caráter e das minhas emoções se dilui e se esvai. Some, evapora. E segue-se a transformação em meu interior... E que se projeta na minha existência!

Deus faz uma varredura, uma limpeza interior onde tudo fica muito límpido! E aí seguimos nesse processo de edificação que é constante. Dando frutos de amor e de paz e nos colocando nas mãos Daquele cujo fiel da balança é o Seu Perdão e Misericórdia que se converte em Paz e Amor nos nossos corações para que sigamos agindo em perdão e misericórdia.

E assim crescemos em Sua presença maravilhosa!



"Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim".
(Salmo 139.6)




sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

HIPOCRISIA



O hipócrita engravatado e bem sucedido não me surpreende, simplesmente por ser tão previsível. O que me impressiona é o hipócrita que se faz de simples, de humilde, de camarada, de desprendido e que entra sorrateiramente em sua vida, sua casa, sua cozinha, seu coração; que suga suas energias, que se aproveita da sua boa vontade, que adula, mas que no próprio coração está tramando coisas terríveis a seu respeito, porque ele escolheu o de coração desarmado para pagar todas as dívidas que ele acha que o mundo tem com ele.

Características típicas do bipolar que chora tua amizade, faz projeções e transferências, um dia te adora, no outro te xinga e te condena ao fogo do inferno. Para mim esse é o pior tipo de hipócrita que pode existir. Deste eu corro quilômetros e não por falta de compaixão, mas por vê-lo sabendo-se doente e desprezando a cura. Este, olha pra dentro de si mesmo e, batendo no peito inflado de ódio, diz: eu sou o cara, não sou hipócrita!

Posa de bonzinho enquanto vai minando as energias  de quem lhe dá atenção. Até que um dia este que o acolheu cai em si! E enxerga naquele simples e humilde um arrogante cheio de discurso filosófico acerca do que a existência lhe deve. E o dispensa, muitas vezes cheio de dúvidas e conflitos, pois é isso que ele quer: colocar dúvidas no coração bem intencionado do verdadeiro bonzinho. Então, cínico e invejoso, ele vai sugar outro ingênuo dizendo para si mesmo o quanto é feliz por não ser hipócrita como aquele que lhe chutou.

Ele é um inseguro que ao invés de confessar sua insegurança e suas próprias incoerências, transforma-as em instrumento de envolvimento. Sim, este é também envolvente. E esta é a sua vaidade. Porém uma vaidade amargurada que produz frutos amargos como má vontade, ira não resolvida, ciúme, dissensão e imoralidade. Vaidade amargurada que é resultado de intensa animosidade e raiva. Vaidade que cega e dá permissão para que a amargura se desenvolva em seu próprio ser, contaminando o ambiente e trazendo toda sorte de consequências ruins. Em outras palavras: ele não tem consideração por ninguém, age com desdém, distorce valores e despreza aquele que o acolhe; despreza porque se acha desprezado e resolve pagar com a mesma moeda. Paga um mal - que não é mal, mas é como ele vê  – com outro mal, desprezando e tornando-se desprezível, caindo na própria cilada e sendo objeto do próprio desprezo, escolhendo ser repulsivo; e, nesse círculo vicioso onde só dá patada, vai afastando as pessoas de boa vontade para com ele.

Esse hipócrita acha que todo hipócrita tem um único perfil: o do riquinho bem sucedido. Aliás, o discurso do hipócrita sem noção é atacar aquele que se deu bem na vida, aquele que alcançou determinado patamar socioeconômico. Para este, o pobre lascado que está enlameado na sarjeta não tem a menor chance de carregar a marca da hipocrisia em seu peito. Em seu raciocínio tosco, o mundo inteiro já está vendo e sentindo o cheiro da lama no qual está atolado; vendo que ele está lá exposto e por isso não pode jamais ser chamado de hipócrita. E segue batendo no peito enlameado por dentro e por fora: eu sim, sou bem aventurado por não ser como esses hipócritas que vivem bem. Eu sou um lascado, mas por dentro estou inteiro, íntegro, completo, digno, feliz, realizado. E mente para si mesmo, desgraçadamente, tristemente, dizendo sem a mínima convicção: estou apaziguado comigo mesmo; esse desprezo com a minha aparência é um recado, uma mensagem; é para provar ao mundo que eu não sou hipócrita.

Inevitavelmente eu faço um paralelo com a proposta de Jesus para nossa vida saudável. Ora, a hipocrisia é o mal que mais causa a ira em Jesus e justamente porque o hipócrita recusa cura interior. Ele tem orgulho do perfil externo que criou para si mesmo como pessoa humilde; vaidoso de sua pseudo-simplicidade, vive de alimentar e realimentar sua mente e seu coração de suas próprias performances, exaltando sua vivência/doença existencial como receita arrogante de saúde para outras pessoas. Então, quando ele consegue convencer um coração de manteiga que porventura encontre pela vida, contamina-o com sua amargura e faz da vida deste um verdadeiro inferno; fazendo um enorme esforço para parecer o que não é, carrega em si um excesso de segurança sobre os próprios conceitos de justiça-própria.

Finalmente, a coisa mais dramática nesse tipo é que ele imagina-se um alternativo representante de Deus entre os homens por ter superado algumas dificuldades na vida. Porém, ele faz uma grande salada acerca de seu suposto "encontro com Deus" usando fortes pitadas do ressentimento e da raiva  que estão instalados no mais firme do seu ser. Transformando a própria arrogância em ativismo, empunha a bandeira da intolerância, tentando contaminar a todos com sua raiva e meninice ao trazer à tona, todos os dias de sua vida, coisas que aconteceram lá no passado. 

Afirma-se como liberto, mas o coração está acorrentado...

“Somente os que existem crendo que precisam,
não apenas de manutenção espiritual,
mas de cura mesmo, é que viverão sendo curados todos os dias”.



TEXTOS CORRELATOS

BOM, BONZINHO, NUNCA! <---CLIQUE AQUI

A PAZ QUE VEM DE DEUS (PARTE II) <---E AQUI





quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

SETE coisas abomináveis aos olhos de Deus








Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina:



Olhos altivos,

Língua mentirosa,

Mãos que derramam sangue inocente,

Coração que trama projetos iníquos,

Pés que se apressam a correr para o mal,

Testemunha falsa que profere mentiras

E o que semeia contenda entre irmãos.

(Cf em Provérbios 6:16 a 19)

Grifos meus-RF

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Antigo e o Novo


“Os pecados que faziam separação entre nós e Deus foram de todo removidos. Por isto, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo. Ora, essa salvação não é apenas um passaporte para a eternidade. Ela é, sobretudo, uma certidão de libertação da culpa, da vergonha e do medo, inclusive o medo da morte. É sem culpa que nós temos que tratar dos nossos pecados”.



Xeretando as “postagens populares” no blog do Marcos vi, casualmente, uma pergunta de um anônimo endereçada a mim.

Como disse lá, eu acho meio esquisito estabelecer uma conversa com uma pessoa que não se identifica como se tivesse receio de mostrar a cara, como se fosse proibido falar de suas convicções a céu aberto. Desculpe-me qualquer anônimo pela franqueza, mas é como se não tivesse noção da verdadeira liberdade comprada a preço de sangue.

Outra coisa típica de anônimo: esse negócio de querer provar um ponto doutrinário de determinada denominação através de alguns versículos não funciona comigo que tenho a Bíblia inteirinha à mão e dela faço bom proveito; e justamente para não me limitar a regrinhas denominacionais de salvação ditadas por versículos soltos, mas ao contrário, para ser curada dessa pretensão religiosa que adoece e compromete meu relacionamento com Deus e com o próximo.

Por tudo isso e mais alguma coisa, eu não me sinto na obrigação de responder a nenhum anônimo, até porque quem faz esse tipo de questionamento já está tão engessado que só mesmo o Espírito Santo de Deus pra quebrar essas correntes religiosas/doutrinárias/denominacionais e fazer enxergar o que é tão simples. Por outro lado, eu não vou parar nunca de falar da minha esperança em Cristo, mas repito que tenho a consciência de que quem convence que IGREJA não é um lugar e sim um AGIR de Deus nas pessoas de boa vontade, não sou eu, mas o Espírito Santo de Deus. E eu não preciso ser nenhuma acadêmica em teologia para isso. Afinal, Deus nos capacitou e concedeu o acesso livre às Escrituras.

Pergunta do anônimo:

“Te pergunto: você segue os dez mandamentos?
Outra pergunta qual lei devemos seguir os 10 mandamentos antiga aliança concedida através de Moisés ou a nova aliança concedida através de Jesus Cristo?”

Se eu sigo os dez mandamentos...

Taí uma pergunta interessante. Seguir é uma coisa e cumprir rigorosamente é outra. Seguir eu sigo, sim, pois essa é a premissa de todo filho de Deus que tem sinceridade no coração. Já cumprir, rigorosamente, sem erro, sem vacilo, é humanamente impossível, pois todos nós - os filhos que vemos o agir de Deus através de nós - somos falhos, pecadores e sujeitos a “cair”.

A meu ver, é aí onde entra a resposta à segunda pergunta. Apesar do cumprimento rigoroso de todas aquelas exterioridades o homem continuou sem paz, se consumindo pela culpa, pela vergonha e pelo medo. Então, nosso Pai Eterno, pelo Seu Amor e Misericórdia, estabeleceu “em tempo oportuno” a Nova e Eterna Aliança, realizada por meio do sacrifício do Seu Cordeiro na Cruz e substituindo todas as ordenanças exteriores em relação aos sacrifícios e às cerimônias de purificação.

Por meio do sacrifício definitivo de Cristo temos o PERDÃO dos nossos pecados, abolida assim toda aquela necessidade de sacrifícios levíticos. Essa Aliança foi feita para Deus se reconciliar de uma vez por todas com seu povo pecador. Veja bem, eu não estou falando do crente que comete pecado deliberadamente, ou seja, aquele pecado cometido conscientemente. Falo de uma confissão, uma declaração pessoal a Deus para que a comunhão com Deus seja restabelecida. O evangelista João nos diz que se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e NOS PURIFICAR de toda injustiça. Essa purificação se dá pelo sangue de Jesus, na Nova e Eterna Aliança.

E, nessa reconciliação perfeita, não apenas nos livramos da culpa, nos reconciliando com nós mesmos, como nos reconciliamos com o próximo. Sim, pois quando somos curados de nossas mazelas, somos munidos de leveza e naturalidade para conviver com o semelhante da forma mais saudável possível. Paulo diz ao povo de Corinto que Deus nos confiou o Ministério da Reconciliação e essa é a ideia central da Aliança: reconciliados com Deus, com nós mesmos e com o próximo.

E todos viveram felizes para sempre...

Certo? Errado. E não porque a Nova e Eterna Aliança não seja Perfeita e Definitiva, mas porque o bicho homem é teimoso e segue suas próprias regras. E aqui voltamos à objetividade da pergunta, pois o fato de Deus ter rasgado o antigo testamento (Aliança onde o povo se purificava com ordenanças exteriores)  e feito um novo testamento (Aliança por meio da Cruz) - não anula, de forma alguma, os mandamentos.

E pelo que vejo por aí... É aqui que está formada a salada.

Ora, Jesus nos diz, claramente:

“Eu não vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, vim para cumprir.”

A substituição é de Alianças. Da antiga - por meio de sacerdotes - pela Nova – através de Um Único Sacerdote - e que estabelece definitivamente uma relação íntima e pessoal com Deus. E isso não significa que deva ser anulado o que foi dito por intermédio do profeta. Por isso que tem uma frase atribuída a Agostinho que diz, em outras palavras, que o Novo está oculto no Antigo e o Antigo desvendado no Novo.

E aí é que o denominacional, o apegado à igreja (o idólatra) não consegue entender. Porque assim, nessa Nova Aliança, Deus nos traz para fora do templo. E isso não exclui se reunir em culto e exortar uns aos outros. Não é isso! Exclui, sim, todas aquelas exterioridades, aqueles esforços ineficazes para a salvação e que ainda hoje se vê nas denominações, como se a Nova Aliança nunca tivesse acontecido.

É como se esses tais crentes que estão abafando - e seus líderes - que assim agem, estivessem todos os dias anulando o Sacrifício Perfeito da Cruz.

Vejam só a triste e lamentável ironia...





domingo, 12 de dezembro de 2010

A PAZ que vem de Deus (Parte II)



“...E mesmo quando eu chorar, as minhas lágrimas serão
Para regar a minha fé e consolar meu coração..."




Eu já vivi intensamente essa paz dos homens...
Essa paz do mundo. A paz que vem do pretensioso senso de propriedade e da falsa segurança em coisas e pessoas. Antes, eu não saía de casa sem a segurança do meu carro novo de tanque cheio, sem meu cartão de crédito, sem meu talão de cheques, sem minha carteira de grife recheada de dinheiro. Também não saía de casa sem a certeza de que minha casa era o meu refúgio de volta, que os meus filhos eram a minha alegria e que o meu marido era o meu deus - este último, não por idolatria consciente, mas pela falsa ideia de que o próprio Deus o teria nomeado para me proteger em Seu lugar.

Para que Deus se revelasse em mim, foi necessário que eu chorasse amargamente por um longo tempo todas essas perdas como a me esvaziar completamente de qualquer resquício de falso poder que porventura houvesse em meu ser. E depois de muitos anos resistindo ao Espírito e à Verdade, finalmente me prostrei cansada e abatida... E eis que essa revelação se instalou em mim! Isso é um acesso pessoal que não tem nenhuma religião, nenhuma denominação, nenhum pretenso pacote doutrinário que seja capaz de realizar. (Esse mesmo pacote de doutrinas que oferece uma falsa expectativa de segurança aos seus seguidores). Como disse Deus (Jr 8.11) na boca do profeta: “curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.”

E posso dizer que, em mim,  foi a coisa mais maravilhosa, lúcida e perfeita que aconteceu e que jamais acontecerá posto que é definitivo. E não que eu tenha me tornado uma pessoa perfeita, mas com a certeza de que podem me tirar tudo, pode o mundo inteiro me abandonar, mas meu Deus jamais me abandonará.

É disso que estou falando, é dessa paz que venho falando desde que iniciei a blogar. E não daquela falsa paz anterior e que tem uma linha bem sutil separando-a desta verdadeira paz; não aquela que nos engana dizendo que nela somos abençoados, já que nela temos "tudo" que precisamos. Naquela que lhe diz como em mantra que está tudo bem ainda que existindo uma voz latente dentro de você dizendo que está faltando algo, que aquela completude toda não está completa, que aquela felicidade toda é ilusória mas que você finda por abafar essa voz teimando em viver nela. Então, fingindo que está feliz, segue silenciosamente dando murro em ponta de faca, sorrindo amarelo e repetindo pra si mesma que está tudo bem.

A grande cilada é que a linha é bem sutil pra quem está do lado de lá. Do lado de cá, da verdadeira paz, a diferença é enorme. E só dá pra sacar a diferença quem, de fato, experimenta a verdadeira paz. Paradoxalmente, só quem já experimentou essa outra paz - a da pseudo segurança - é que pode falar com propriedade, posto que, apesar da linha aparentemente sutil, há uma enorme diferença que se coloca como separação e que é vivida na própria existência. E isso não dá para teólogo nenhum colocar em palavras. Porque é experiência vivida "no chão da existência".

Saber (quase) todo mundo sabe, é diferente de viver na prática. Foi o que disse Jesus: ora, se sabeis essas coisas, bem aventurados sois se as praticardes. Mas praticar mecanicamente? Até que os religiosos tentam, mas é cansativo, é pesado. E, ainda que não se perceba cansativo nem pesado por ter-se transformado em mero hábito (costume), lá no fundo do coração sabe-se o vazio, pois também nada diz de vida sincera e verdadeira.

Por outro lado, viver o Evangelho no cotidiano não significa ser o piedoso e bonzinho do monastério, com cântico gregoriano nos lábios, isolado do mundo. É viver, no caos do mundo, uma paz que não é do mundo. É viver levando cacetada e entristecer-se diariamente, porém, sem nunca perder a esperança nem entrar em pânico com a tempestade que aponta por ter a certeza do Condutor do Barco.

Só quem já viveu a outra paz e, de fato, vive a verdadeira, não apenas sabe como é flagrante esse saber em seu estilo de vida. E não que passe a ser a pessoa mais correta da face da Terra e sim - como disse certa vez um pregador - que foi tocado pela Graça de tal maneira que sabe que fora dela não tem qualquer chance de segurança alguma.

Gosto muito dessas palavras de Paulo (2Co 4.8) e as repito muito ultimamente:

"Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém, não destruídos".

E perseguição não existe apenas de maneira explícita e agressiva, que leva a pessoa para a fogueira em meio a uma multidão de expectadores. Existe a perseguição velada - emocional, psicológica - que tenta minar nossas energias. E nessa perseguição cada vez mais eu enxergo um teste à nossa fé. E quanto mais eu sou provada, mais eu me coloco aos pés da Cruz! Pois não existe alegria maior do que a certeza de ser amada em meio aos obstáculos, dificuldades e tribulações.

E, como diz o cântico: louvando a Deus, não importando as circunstâncias. Glorificando o Seu Santo Nome com temor e tremor! Em todo o tempo!




Rompendo em fé.

Canta: Kléber Lucas

Cada vez que a minha fé é provada,

Tu me dás a chance

De crescer um pouco mais.

As montanhas e vales,

Desertos e mares que atravesso

Me levam para perto de Ti.

Minhas provações não são

Maiores que o meu Deus

E não vão me impedir de caminhar.

E se diante de mim, não se abrir o mar

Deus vai me fazer andar por sobre as águas

Rompendo em fé,

Minha vida se revestirá do Teu poder

Rompendo em fé,

Com ousadia vou mover no sobrenatural

Vou lutar e vencer, vou plantar e colher,

A cada dia vou viver rompendo em fé.





sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A paz que vem de Deus




As Escrituras fazem diferença entre paz e PAZ.

Sim! Para Deus uma é a paz do homem e outra é A PAZ DO CÉU.

Foi por isto que Jesus disse “a minha paz vos deixo, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo”.

Afinal, uma é a paz dos homens e outra a paz de Deus.

A paz dos homens tem a ver com conforto, equilíbrio de poderes, controle, domínio, bens, seguranças, sucessos, liberdade de expressão, determinações afetivas, reconhecimento, tranquilidade, autodeterminação, boas sensações.

Ora, tire-se qualquer dessas coisas de um homem e ele perderá toda paz que supostamente possua.

A paz de Deus, no entanto, não é assim. Pois se a paz dos homens decorre de muitas bênçãos e prosperidades, a paz de Deus, no entanto, decorre de Deus apenas, e não de circunstâncias favoráveis.

A paz do homem é sempre emocional. A paz de Deus, entretanto, é ultra-circunstancial, visto ser um estado que transcende a tudo.

Jesus deixou claro que uma é a paz da terra e outra a do céu.

“A minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo”.

Assim, pergunto:

Qual é a paz que você busca?

A que depende do Paraíso se manifestar na terra, conforme os caprichos e ilusões do homem? Ou aquela paz que excede ao entendimento, e que está presente em nós, mesmo quando o mundo todo nos designa como azarões?

O conceito judaico de paz, o Shalom, é o de uma paz integral: corpo, alma e espírito.

A paz de Cristo, no entanto, é maior do que o conceito de Shalom.

Afinal, em Jesus, com sucessos ou não, A PAZ É REAL, e não se intimida e nem foge ante a angústia, a perda, a catástrofe, o cerco, a opressão e qualquer outra coisa desta existência.

Sim! Jesus é a nossa paz; e nada mais além Dele!

Alguém lê isto e diz: Eu já sabia. Nada novo!

Ora, eu não estou aqui para pregar novidades, mas apenas para anunciar aquilo que, em sendo vivido pela fé, faz a pessoa viver em novidade de vida.

Portanto, pergunto:

Qual é a vantagem de dizer que sabe algo se você diz que sabe sem ter jamais provado?

A paz de Deus não é uma bandeira. Ela é apenas paz para ser vivida, e não pregada como discurso de sedução aos angustiados.

Paulo diz que tudo isto se transforma em fato e realidade em nós se aprendermos a pensar, a sentir, a imaginar e falar; pois, a paz de Deus enche o coração de quem pensa o que é bom e justo, e busca sentir e falar apenas aquilo que seja construtivo.

A esses se diz que a paz de Deus que excede a todo entendimento encherá suas mentes e coração.

Tudo isto que estou dizendo somente será verdade quando for verdade em você.

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Estou postando NOVAMENTE  <--clique aqui para ver a autoria e a fonte este texto devido a uma grande tribulação que venho passando há alguns meses.

E glorifico O NOME DO SENHOR, porque apesar das tristezas que porventura eu tenha que passar, permaneço firme na fé.

Ele me disse:

"Invoca-me no dia da tua angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás". (Salmo 50.15)

Deus é maravilhoso, ele não nos tira da adversidade mas nos tira a angústia do peito.

Por isso, não há NENHUMA tristeza nesse mundo que me tire a paz que Ele mesmo TATUOU para sempre em meu coração.

Glórias pois, a ELE, eternamente!!!

Regina Célia

Na falta de energia...




A ideia deste texto abaixo surgiu durante umas duas horas que faltou energia elétrica por aqui.

Não sabia que nome dar porque vieram vários à minha mente.

Pensei em colocar:

Como administrar o seu tempo sem energia (elétrica)

Como gastar suas próprias energias

Como manter-se ocupada sem energia (duplo sentido)

Enfrentando desafios no escuro (Essa não cola, era dia claro)

Bom, aconteceu que no início da tarde de ontem, pós almoço, faltou energia elétrica no pedaço e euzinha me peguei literalmente de mãos atadas. Não dizem que quando falta algo precioso é que damos valor? A mais pura verdade. Sim, pois em tudo que eu me movimentava para fazer, me impedia por depender (quase) inteiramente de energia (a elétrica).

A começar que eu tinha acabado de chegar ao meu quarto, escovei os meus dentinhos e tal, e já me organizava para dar uma checada em meus e-mails, nos recadinhos de MSN, nos comentários em meus blogs, olhadelas em outros, e alguma pesquisa eventual na web de modo geral. Sem chance. Tudo apagado.

Então, tento ligar a TV pelo condicionamento e teimosia tola - E redundante rss - em achar que apertando o botão do controle remoto com mais firmeza que a usual, automaticamente se faria som e imagem. Mas a imagem e o som não se fizeram. Obviamente.

Saio do quarto por não suportar o calor. Abrir a janela? Nem pensar! E até que receberia a brisa do mar. Porém, ela (a brisa) viria junto com a poluição sonora e atmosférica de um gerador obsoleto do prédio vizinho que serve pelo menos aos elevadores. Até que aqui também havia um, mas reza a lenda que quando da primeira convenção foi vendido com a justificativa de que não seria tão necessário. Enfim, sem comentários, pra não correr o risco de ofender.

Olho para o lado e vejo um filho se produzindo pra sair, comentando sobre as escadas dos doze andares que enfrentaria logo mais. Outro, friccionando o ferro contra a camisa com certa insistência em cima da própria cama já ia me perguntando se o ferro pifou quando se deu conta do que já sabia. Ri discretamente em função da cilada que eu acabara de cair com a TV.

Tento ligar para meu irmão e falar de coisas que a energia elétrica me fez adiar rss mas o telefone sem fio (O único que tenho, que vergonha!) também depende da dita cuja - aprendi esse termo com meu parceiro João Carlos. Pensei em mandar um sinal de fumaça, até porque da minha janela quase dá pra avistar o prédio dele, então me dei conta que nem fósforo eu tinha. Foi quando tentei ferver a água para fazer a minha gelatina diet do lanche das 15hs. Não tinha como, xau gelatina, volte mais tarde, quem sabe... Enfim, sem acendedor automático funcionando, sem fósforo, sem isqueiro. Afinal sou uma ex-fumante que se preza, nem cinzeiro tem na minha casa. Não que eu seja radical, quando chega um fumante (raro) eu improviso.

Pois bem, a essa altura eu já dizia para mim mesma:

- Calma, não entre em pânico, respire fundo e se precisar conte até três, mas pense outra vez meu bem, meu bem, meu bem...

Mas como ficar calma?! Faltar energia até aí "tudo bem"! Mas porque não faltou também aqui do outro lado do meu prédio?! Sim, porque eu acabara de descobrir que a britadeira desse bendito prédio em construção consegue a façanha de encher mais o saquinho quando falta energia.

Construção que, diga-se de passagem, tem batido todos os recordes no quesito transgressão de normas. Não respeita dia de sábado – nada a ver com crendice religiosa – não respeita horário de almoço e ainda entra pela noite ao som de sua orquestra de uma nota só. Isso é o que eu chamo de exercício abusivo de poder. Poder pagar todas as multas. Então dona Construtora Queiroz Galvão, bora incomodar as pessoas ao redor, né? Não importa se é uma idosa (quase meu caso), um recém-nascido ou um doente. Bom, mas isso é outra história. Foco!

Enfim, chego à área de serviço casualmente (Afinal, um tour pelo recinto também serve pra passar o tempo e relaxar) e olho para a máquina de lavar. Olho novamente e vejo algo impressionante! Faltava pouquíssimo para ela completar sua tarefa quando a energia se foi. E eu até que já ia saindo, porém, não sei porque cargas d´água, invento de olhar novamente aí me vem a forte impressão de que aquela porta enorme e arredondada está esboçando um sorriso sarcástico. Foco de novo, dona Rê!

Respiro fundo novamente e saio de fininho, cantarolando baixinho, tipo disfarçando. Então percebi que se aproximava a hora da acupuntura com moxa de Átila (Átila é o cachorro) corro para tentar remarcar outro horário de modo que Dra. Thaysa não passe pelo constrangimento de ter que subir e descer doze andares de escada em pleno horário de trabalho e certamente agenda lotada. Seria uma maldade. Quando penso que tô aqui falando, celular no ouvido, apaga tudo. Celular descarregadésimo. Normal, para uma perfeita distraída. Até meus filhos me perguntam pra que é mesmo que eu tenho celular rss Se saio de casa esqueço de levá-lo, se levo está quase descarregando, é (quase) sempre assim. Bom, mas aí eu tive a brilhante ideia de interfonar e avisar na portaria do prédio para não a deixar subir e quem sabe esperar um pouco no hall, talvez a energia elétrica resolva voltar de repente ou então quem sabe ela (a médica) decida voltar em outro horário, remarcar, enfim... Então, quando pego o aparelho de interfone e olho para a peça em minha mão e ela olha para mim, e eu olho para ela e ela olha para mim fria e implacável, dou um suspiro e coloco-a de volta. Simplesmente envergonhada, cansada e emudecida pela forte pressão circunstancial.

Foi quando pensei em algo mais dramático, do tipo oh céus, oh vida, nem me jogar da janela eu posso por causa da tela! E não porque a faca e a tesoura sejam elétricas, mas é porque assim já é dramatizar demais, bora combinar. Foco de novo (Affe, tô assistindo muita Malhação rss)

Enfim, olhei pra uns três livros de leituras iniciadas, umas revistas, até dei umas folheadas mas sem qualquer vontade. Olhei pra minha bíblia lilás novinha (linda, ganhei de uma nora) mas peguei foi a preta grandona mesmo. O tal L.P.A. como diz meu amigo J.C.

Peguei essa minha bíblia (finalmente fiz algo sensato rss) e confesso que o que veio a seguir até parece uma piada. Eu, que não curto esse lance de cartomancia bíblica, coloco a minha bíblia aberta aleatoriamente em cima da mesa e vou pegar água pra beber. (Sorte, ainda estava geladinha). Quando volto, leio casualmente na página que ficou aberta. E acho engraçado. Não é invenção, Deus o sabe! Tá lá na minha Bíblia de Estudos, pagina 703:

Tempo- Administração do Tempo:

Como aproveitar o Tempo, dom de Deus.

(Bíblia da Mulher, Ed.Mundo Cristão. SBB-2003)

Não deu outra, na falta de energia elétrica foi a melhor forma encontrada para usar minha energia e meu tempo.

Sem drama.