"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Orgia...

É uma suruba social.
Uns em cima dos outros.
Assim vivemos nos edifícios da cidade.
É difícil de acreditar, mas parece que gostamos de viver amontoados.

Ainda se aqui fosse frio – Recife, clima úmido e quente – poderia argumentar-se.
Aumentou o calor.
Ele não veio sozinho, mas trouxe o aumento do barulho, do lixo, do trânsito e dos diversos problemas sociais.

Mas espere, não há mais espaço para construir prédios aqui.
Terrenos baldios...
Calma, isso não é problema: derrubaremos as casas antigas, as galerias de lojas, os bares falidos, as árvores...

Terreno vizinho ao meu prédio.
Uma casa antiga, grande, abandonada.
Tornou-se apenas areia em menos de uma semana.
O que por muito tempo foi objeto de ostentação agora é pó.

Mas hoje, doeu ao ver uma árvore – só restava ela – cair por último.
Deixaram a pobre plantinha para o final.
Ela estava atrapalhando.
Aliás, a natureza sempre “atrapalhou” o homem, a evolução, melhorias, avanços...
Doeu vê-la cair, ou melhor, ouvi-la, pois estava próximo à janela quando me assustei com um barulho alto.
Corri curioso para ver a triste cena.

Mais uma construção em andamento.
Poluição sonora em cartaz, de segunda a sábado a partir das 07h00min da manhã.
Antes eu via o mar, agora vejo uma selva. De pedras.

Em pouco tempo estarão construindo prédios na areia do mar.
Só resta espaço lá agora. Isso me faz arriscar dizer onde iremos parar com tudo isso: em uma avenida qualquer, num engarrafamento, travado pela infinidade de carros.

Ninguém vem, ninguém vai.

Esse bairro é bom de morar, bem valorizado... status”.

De fato aqui é bom.
Tem uma praia linda!
É um bairro independente dos outros.
Estamos sempre em contato com turistas, o que nos torna mais ligado com o resto do mundo ao trocarmos experiências diversas, o que não ocorre em outros bairros.
Possui o centro de lojas mais bem estruturado da região.
Os melhores hotéis, aeroporto, enfim.

Mas o que é bom afinal?

Morar em um lugar super povoado, cada vez mais habitado, mais explorado, com construções sem fim?

E sua família, irá crescer bem por aqui com todas essas empreiteiras brigando por cada pedaço de terra livre?

Existe coisa melhor que um status, um nome, um bairro.

A decisão é pessoal.

Os valores são pessoais.

Sem pretender entrar nesse mérito – já entrando – sigo com o meu raciocínio inicial.

Morar bem, avanços, modernidade, nada disso tem valor algum, se destruímos o pouco que nos resta da natureza nos dada como presente da Criação; se transformamos a cidade em um caos jogando famílias lá dentro em nome do alto faturamento.

Eu ouvi, quase vi, mas ouvi o grito de socorro de uma árvore, que coincidência ou não, estava com a sua raiz sob o luto de uma placa que fazia sombra exatamente ali, no seu coração.

Nessa suruba ninguém goza.





Texto (e foto) de Leonardo Farias Rocha - Grifos meus -RF

3 comentários:

Mario disse...

É como diz a canção:

"A vida e a natureza sempre a mercê da poluição, se invertem as estações do ano, faz calor no inverno e frio no verão.
Os peixes morrendo nos rios, estão se extinguindo espécie de animais. E tudo que se planta colhe, o tempo retribui o mal que a gente faz.
Onde a chuva caía quase todo dia já não chove mais, o sol abrasador rachando os leitos sem um pingo d'água.
Quanto ao futuro inseguro, será assim de norte a sul.
A Terra nua semelhante a lua, o que será desse planeta azul? o que será desse planeta azul??? O QUE SERÁ DESSE PLANETA AZUUUUUUUUUL??????"

Pois, é este é o animal racional, aquele conscientemente com sua ganância coloca a própria espécie em risco de extinção.

Fiquem na paz e no amor de Deus!!!

Mario disse...

Olha eu aqui de novo, depois de ler sua ultima postagem, me animei em editar um vídeo.

http://www.youtube.com/watch?v=AOqxu70AzxU

Fique na paz de Deus!

Marcos Riso disse...

Os homens pagarão caro pela destruíção que eles espalham!