"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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terça-feira, 31 de março de 2009

A PARÁBOLA DA BOLA

Os dez homens importantes sentados ao redor da bola discutiam acaloradamente:

– A bola é grená, disse um.
– Claro que não, a bola é bordô, retrucou outro em tom raivoso.

Todos estavam fascinados pela beleza da bola e tentavam discernir a cor da bola. Cada um apresentava seu argumento tentando convencer os demais, acreditando que sabia qual era a cor da bola. A bola, no centro da sala, calada sob um raio de sol que entrava pela janela, enchia a sala de uma luminosidade agradável que deixava o ambiente ainda mais aconchegante, exceto para aqueles dez homens importantes, que se ocupavam em defender seus pontos de vista.

– Você é cego?, ecoou pela sala gerando um silêncio que parecia ter sido combinado entre os outros nove homens importantes. Era até engraçado de observar a discussão – na verdade era trágico, mas parecia cômico. Todos os dez homens importantes usavam óculos escuros, cada um com uma lente diferente. Talvez por causa dos óculos pesados que usavam, um deles gritou “você é cego?”, pois pareciam mesmo cegos.

Depois do susto, a discussão recomeçou. O sujeito que acreditava que a bola era cor de vinho debatia com o que enxergava a bola alaranjada, mas um não ouvia o que o outro dizia, pois cada um usava o tempo em que o outro estava falando para pensar em novos argumentos para justificar sua verdade. Aos poucos, a discussão deixou de ser a respeito da cor da bola, e passou a ser uma troca de opiniões e afirmações contundentes a respeito das supostas cores da bola. A partir de um determinado momento que ninguém saberia dizer ao certo quando, os dez homens tiraram os olhos da bola e passaram a refutar uns ao outros. Em vez de sugestões do tipo: – A bola é vermelha, todos se precipitavam em listar razões porque a bola não era grená, nem cor de vinho, nem mesmo alaranjada.

De repente, alguém gritou: – Ei pessoal, onde está a bola? Todos pararam de falar – estavam todos falando ao mesmo tempo, e foi então que perceberam um alarido parecido com aquelas gargalhadas gostosas que as crianças dão quando sentem cócegas. Correram para a janela e viram uma criançada brincando com a bola, que parecia feliz sendo jogada de mão em mão. Ficaram enfurecidos com tamanho desrespeito com a bola. Ficaram também muito contrariados com a bola, que parecia tão feliz, mas não tiveram coragem de admitir, afinal, a bola, era a bola.

Lá fora, sem dar a mínima para os dez homens importantes, estavam as crianças brincando e se divertindo a valer com a bola que os dez homens importantes pensavam que era deles. E nenhuma das crianças sabia qual era a cor da bola.

(Extraído de galilea.com.br)

sexta-feira, 13 de março de 2009

ICTUS

ICTUS, ICThUS ou IChThUS () é a tradução no grego antigo para peixe.

Esta palavra foi considerada pelos cristãos primitivos como um ACRÓSTICO da expressão

Iesus Christos Theou Uios Soter,

que quer dizer:
Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.

O peixe é o símbolo da Igreja Cristã Primitiva, e continua sendo usado por algumas denominações cristãs da atualidade.

RF

HELP ME

HELP ME ( Elvis Presley)

Lord, help me walk another mile... just one more mile
I'm tired of walking all alone
Lord, help me smile another smile... just one more smile
You know I just can't make it, on my own

CHORUS:
I never thought I needed help before
I thought that I could do things by myself
Now I know I just can't take it anymoreWith a humble heart, on bended knee, I'm begging you pleaseHelp me

Come down from your golden throne to me, to lonely me
I need to feel the tough of your tender handRemove the chains of darkness and let me see, Lord, let me see Just where I fit into your master plan

CHORUS:
I never thought I needed help before
I thought that I could do things by myself
Now I know I just can't take it anymoreWith a humble heart, on bended knee, I'm begging you pleaseHelp me

With a humble heart, on bended knee, I'm begging you pleaseHelp me

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Senhor, ajude-me a andar outra milha... apenas mais uma milha
Estou cansado de caminhar completamente só
Senhor, ajude-me a dar outro sorriso... apenas mais um sorriso
Tu sabes que não posso fazê-lo por conta própria

CORO:
Nunca pensei que precisava de ajuda antes
Pensava que poderia fazer tudo sozinho
Agora que sei que não posso mais
Com coração humilde, de joelhos, estou lhe implorando, por favor,
Ajude-me

Desça do seu trono dourado até mim, um solitárioPreciso sentir o toque da tua terna mão
Remova as cadeias de trevas e deixe-me ver, Senhor, deixe-me ver
Aonde me encaixo em seu plano grandioso

CORO:
Nunca pensei que precisava de ajuda antes
Pensava que poderia fazer tudo sozinho
Agora que sei que não posso mais
Com coração humilde, de joelhos, estou lhe implorando, por favor,
Ajude-me
Com coração humilde, de joelhos, estou lhe implorando, por favor,
Ajude-me

CASO DO VESTIDO

Nossa mãe, o que é aquelevestido, naquele prego?
Minhas filhas, é o vestidode uma dona que passou.
Passou quando, nossa mãe?Era nossa conhecida?
Minhas filhas, boca presa.Vosso pai vem chegando.
Nossa mãe, dizei depressaque vestido é esse vestido.
Minhas filhas, mas o corpoficou frio e não o veste.
O vestido, nesse prego,está morto, sossegado.
Nossa mãe, esse vestidotanta renda, esse segredo!
Minhas filhas, escutaipalavras de minha boca.
Era uma dona de longe, vosso pai enamorou-se.
E ficou tão transtornado,se perdeu tanto de nós,
se afastou de toda vida,se fechou, se devorou,
chorou no prato de carne,bebeu, brigou, me bateu,
me deixou com vosso berço,foi para a dona de longe,
mas a dona não ligou.Em vão o pai implorou.
Dava apólice, fazenda, dava carro, dava ouro,
beberia seu sobejo,lamberia seu sapato.
Mas a dona nem ligou.Então vosso pai, irado,
me pediu que lhe pedisse,a essa dona tão perversa,
que tivesse paciênciae fosse dormir com ele...
Nossa mãe, por que chorais?Nosso lenço vos cedemos.
Minhas filhas, vosso paichega ao pátio. Disfarcemos.
Nossa mãe, não escutamospisar de pé no degrau.
Minhas filhas, procureiaquela mulher do demo.
E lhe roguei que aplacassede meu marido a vontade.
Eu não amo teu marido,me falou ela se rindo.
Mas posso ficar com elese a senhora fizer gosto,
só pra lhe satisfazer,não por mim, não quero o homem.
Olhei para vosso pai, os olhos dele pediam.
Olhei para a dona ruim, os olhos dela gozavam.
O seu vestido de renda, de colo mui devassado,
mais mostrava que escondiaas partes da pecadora.
Eu fiz meu pelo-sinal,me curvei... disse que sim.
Saí pensando na morte,mas a morte não chegava.
Andei pelas cinco ruas, passei ponte, passei rio,
visitei vossos parentes, não comia, não falava,
tive uma febre terçã,mas a morte não chegava.
Fiquei fora de perigo,fiquei de cabeça branca,
perdi meus dentes, meus olhos, costurei, lavei, fiz doce,
minhas mãos se escalavraram,meus anéis se dispersaram,
minha corrente de ouropagou conta de farmácia.
Vosso pais sumiu no mundo.O mundo é grande e pequeno.
Um dia a dona soberbame aparece já sem nada,
pobre, desfeita, mofina,com sua trouxa na mão.
Dona, me disse baixinho,não te dou vosso marido,
que não sei onde ele anda.Mas te dou este vestido,
última peça de luxoque guardei como lembrança
daquele dia de cobra,da maior humilhação.
Eu não tinha amor por ele,ao depois amor pegou.
Mas então ele enjoadoconfessou que só gostava
de mim como eu era dantes.Me joguei a suas plantas,
fiz toda sorte de dengo,no chão rocei minha cara,
me puxei pelos cabelos,me lancei na correnteza,
me cortei de canivete,me atirei no sumidouro,
bebi fel e gasolina,rezei duzentas novenas,
dona, de nada valeu:vosso marido sumiu.
Aqui trago minha roupaque recorda meu malfeito
de ofender dona casadapisando no seu orgulho.
Recebei esse vestidoe me dai vosso perdão.
Olhei para a cara dela,quede os olhos cintilantes?
quede graça de sorriso,quede colo de camélia?
quede aquela cinturinhadelgada como jeitosa?
quede pezinhos calçadoscom sandálias de cetim?
Olhei muito para ela, boca não disse palavra.
Peguei o vestido, pusnesse prego da parede.
Ela se foi de mansinhoe já na ponta da estrada
vosso pai aparecia.Olhou pra mim em silêncio,
mal reparou no vestidoe disse apenas: - Mulher,
põe mais um prato na mesa.Eu fiz, ele se assentou,
comeu, limpou o suor,era sempre o mesmo homem,
comia meio de ladoe nem estava mais velho.
O barulho da comidana boca, me acalentava,
me dava uma grande paz,um sentimento esquisito
de que tudo foi um sonho, vestido não há... nem nada.
Minhas filhas, eis que ouçovosso pai subindo a escada.
Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 12 de março de 2009

Escolhas


Ah, escolhas...  Fazemos tantas com base na nossa arrogância, na nossa auto-suficiência, no direito de fazer as próprias escolhas e, no entanto, na grande maioria das vezes não suportamos a carga das escolhas que nós mesmos fazemos. A primeira carga é a da insatisfação, pois nunca estamos satisfeitos. Nunca estamos plenos. As decepções, o cansaço, o tédio, a ansiedade, as pressões e preocupações desta vida constituem um fardo muito grande que vivemos fazendo de conta que dá pra carregar. Não raro, somos acometidos por uma estranha sensação de que algo está faltando.

Então uma velada inquietação vai se instalando e crescendo na mesma proporção que uma enorme tristeza invade o peito sem explicação, estabelecendo-se um vazio que nunca é preenchido, simplesmente porque não temos a capacidade de fazê-lo. E aí, nesse caso, não tem escolha, porque esse inquietante vazio é algo involuntário. Não existe auto-suficiência própria da arrogância humana nem capacidade natural de dissimulação que impeçam essa íntima sensação de impotência tão angustiante que só você conhece.

Quando se chega no limiar que só você saca qual é, a pressão é grande demais! Daí você não consegue visualizar nenhuma saída, acreditando mesmo que não existe a chance de ser feliz de verdade, por meio de uma visão infantil, fruto de uma imaturidade emocional de quem bate o pezinho e diz: eu quero é assim! Se não for assim, também não quero de outra forma!

Então, segue-se em frente nas meninices sem atinar para a desproporção em relação ao porte físico e tempo cronológico por mais que se tente dissimular. E vai-se ficando cínico, porque a certa altura a farsa que se assume vira um círculo vicioso que gruda cada vez mais na face, a máscara da falsa alegria, em contraste com o coração angustiado.

É onde entra - na minha opinião - a segunda carga: a das consequências. Inclusive prejudicando a terceiros. Entre escolhas insensatas e individualistas, fechamos os olhos para a paciência, a espera e aplicação do bom senso, mas não sabemos como lidar com as 'novidades' que tais escolhas carregam; pois a imaturidade reina e somos do aqui e agora da criança birrenta que esperneia: eu quero é assim e agora! É do meu jeito!

Mas, veja bem! Não é o fim! Essa crise é importante, pois ela vai determinar uma mudança. Ou não. E aí vem a história da tal escolha. Pense na crise da crisálida e observe a transformação. É algo que só ela pode fazer por ela mesma, ninguém pode fazer por ela. É uma escolha pessoal.

Pois é... Que tal escolher a leveza de ser? Escolher ser livre e pacificado no maior campo de batalha - o próprio coração humano. Essa escolha é simples e começa pelo 'desarme-se'. Desarme-se da presunção, do orgulho, da implicância, da intolerância. Sem ansiedade. Sem medo de ser.

Veja o que Jesus diz a Marta, em Lucas 10:
- Marta, Marta, andas agitada e te preocupas com muitas coisas...

“Pouco é necessário - em relação à existência na terra. Uma só coisa é necessária - no que se refere ao sentido da vida. O mais é tirania humana.”

Jesus, no seu infinito amor, está sempre à porta. Ele é soberano e revela-SE das mais diversas formas. Porém, você só abre o coração para a verdade que preenche para sempre aquele vazio se você quiser. Não há uma imposição para isso, uma obrigatoriedade legal.

Pilatos estava diante da Verdade, mas seu coração estava muito ocupado com outras coisas para poder enxergar; já o centurião romano ouviu a seguinte frase de um Jesus maravilhado:

- Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta!

É uma escolha pessoal. Irônica e paradoxalmente, a pessoa é livre até para viver conforme as regras impostas pela escravidão religiosa e denominacional.

Como diz um pregador que eu muito admiro, “Quem crê que Jesus é Sumo Sacerdote segundo uma ordem que transcende a religião de Abraão, daí para frente crê - não mais em religião - mas apenas em espiritualidade em Cristo, conforme o Evangelho.”

Há de se concordar também que é preciso muita sabedoria e muita maturidade espiritual para se conviver com tanta tristeza, tanta inverdade, tanto engano, tanta máscara, tanta escravidão! Principalmente, quando Jesus nos orienta a fazer pelo outro aquilo que queremos que façam por nós mesmos.

E o que pega mesmo pra valer é que, quando O conhecemos, é inevitável: queremos apresentá-LO a todos. Apresentá-LO. Falar do Seu Amor. Agir com amor, também. Isso é encontrar-se com Deus. Isso é escolha pessoal.

RF

"Já agora não é pelo que disseste que nós cremos;
mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este
é verdadeiramente o Salvador do mundo".
(Jo4.42)



quarta-feira, 11 de março de 2009

Aos Porteiros do Reino de Deus

Jesus parece sempre ter feito questão de deixar os cheios de suas próprias certezas presunçosas e arrogantes, incertos e vazios em Sua presença.

Aliás, foi Maria quem, no contexto do Evangelho, primeiro disse que Jesus seria assim.
“Despedirá vazios os soberbos, arrogantes e poderosos, e acolherá os pobres da terra” — disse ela.
Além disso, foi também dito acerca Dele pelo velho Simeão, que Ele seria “objeto de contradição”.

Ele, todavia, jamais se contradisse. A contradição era o que vinha dos outros, pois, supostamente, quem deveria amá-Lo, o odiou, e quem deveria rejeitá-lo, o amou.

E foi de contradição em contradição [não dele a contra-dição] que Ele andou entre espinhos, abrolhos e lírios do campo.Ele via espinhos onde se dizia que era o Jardim Religioso de Deus: o Templo e a religião, com seus funcionários supostamente do interesse de Deus e da vida, e pensava: "Aqui é o deserto!"

Ele via lírios onde se dizia que somente havia lixo; ou seja: entre coletores de impostos, meretrizes e gente considerada pecadora por ser sem religião ou informação religiosa, dizia: "Aqui é o campo para o Jardim de Deus".

Ele nunca se contradisse, mas o que dizia dividia o mundo!
Daí se dizer que Ele seria como uma Espada.
Ele próprio disse que trazia a espada e que seu batismo seria de fogo.

No caminho, todavia, Ele foi pontuando as incertezas que poderiam, em sendo acolhidas, salvar os certos das certezas.

Assim Ele diz que o reino de Deus seria como um grande banquete no qual estariam presentes todos os que a Religião deixaria fora, enquanto, de fato, estariam de fora os que tinham o suposto poder de dizer quem entraria ou sairia.

Ele, entretanto, não disse nada que pudesse melhorar o desconforto dos donos das certezas.
Ao contrario, disse: “Muitos virão do Norte, do Sul, do Oriente e do Ocidente, e tomarão lugar na mesa do reino de Deus com Abraão, Isaque e Jacó, enquanto ‘os filhos do reino’ ficarão de fora”.

Ora, os que Ele chamou de ‘os filhos do reino”, são os que assim se consideravam, na mesma medida em que desconsideravam os outros!
Portanto, é fácil saber quando uma pessoa mudou de time e agora joga no time do inimigo de Jesus:
Toda pessoa que julga ter recebido de Deus a chave que abre para os outros entrarem ou que fecha para que ninguém entre — esse tal já está fora e não sabe ou não quer admitir.

“As chaves do reino de Deus”, conforme Jesus mencionou a Pedro, não é uma chave que serve no portão do céu.
Também não é uma chave para o coração dos outros.
Menos ainda é uma chave que abra acesso espiritual à ninguém; e que também seja útil a quem julgue que tenha o poder de fechar para que ninguém entre.

Somente Jesus abre e ninguém fecha; fecha e ninguém abre!

“As chaves do reino de Deus” abrem apenas onde o braço do homem [e olhe lá!] pode abrir, que é o seu próprio coração.

E porque essas “chaves do reino de Deus” são da natureza intima que são, é que Jesus diz à Igreja em Éfeso que eles tinham a chave que poderia abrir a porta para eles mesmos; e tais “chaves do reino de Deus” existiam neles para que eles mesmos se abrissem.

"Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, comerei com ele e ele comigo".
É nessa despretensão que caminha o verdadeiro discípulo!

Ele sabe, com alegre surpresa, que está dentro; porém, não ousa dizer quem está fora; posto que no dia que o faça seja porque ele mesmo já não esteja dentro.
Somente se preserva em Deus quem anda nesse espírito!

Os donos das certezas para os outros são os que estão andando para o buraco assoviando acerca da suposta desgraça dos diferentes, enquanto a viagem que a pessoa faz seja apenas para o fundo do buraco, embora ela chame isso de caminho do reino de Deus.

Portanto, abra o olho; e, enquanto pode, salve-se do engano.
Salvo em Jesus é quem não tem outra certeza senão a de que pela Graça [favor imerecido] está salvo.

( extraído de http://www.caiofabio.com.br/ )

segunda-feira, 2 de março de 2009

Catolicismo & Protestantismo

"Vinte razões por que não sou protestante" http://br.geocities.com/jf_m2001/75.htm
E refutação (R*) - artigo que um amigo enviou e reproduzo abaixo - RF.


1- Não sou protestante porque o protestantismo não existe desde o princípio do Cristianismo. Surgiu 1500 anos depois da era Apostólica. Suas igrejas são locais, regionais ou nacionais, não existindo uma Igreja Universal.

R* Mas o Cristianismo existe e é dele que fazemos parte. O Cristianismo é Universal. O católico Martinho Lutero, um dos expoentes da Reforma, teve a coragem de protestar contra a venda de indulgências, um comércio que estava denegrindo o Cristianismo. A partir daí, o Cristianismo, sob a graça de Deus, seguiu seu caminho livre das heresias. A ruptura foi necessária num momento em que o catolicismo pretendia se estender por todo o mundo, sempre com a ameaça de colocar na fogueira seus opositores. Então o Cristianismo seguiu seu caminho com a verdade bíblica, tendo unicamente Jesus como Senhor, Mediador, Advogado e Intercessor, conforme as Escrituras.
2 - Não sou protestante porque apesar da afirmação de que somente a Bíblia deve ser considerada como norma de fé e prática, eles não concordam entre si no tocante a pontos importantes, entrando assim, em contradições. São mais de 20.000 mil denominações diferentes. Cada uma pregando uma suposta verdade.
R* - Ser a Bíblia a norma de fé e prática do cristão não é uma afirmação dos crentes; é uma declaração da própria Palavra de Deus (Rm 10.17; 2 Tm 2.15; 3.16-17; 4.2). Há muitas denominações registradas em cartório, mas existe unidade na fé em Cristo Jesus. Desprezamos dogmas criados por homens. Não comemos pelas mãos dos outros. Cada crente examina as Escrituras, e debate, e troca opiniões, assim como faziam os primeiros cristãos. Vejam: "Estes foram mais nobres do que os de Tessalônica, pois de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim" (Atos 17.11). A Bíblia chama de "nobre" aquele que examina a Palavra e dela tira suas próprias conclusões. Somos uma só fé, uma só religião, uma só doutrina. Só adoramos o Santo dos santos, Aquele que morreu em nosso lugar. Não louvamos, nem adoramos, nem suplicamos a outros deuses (Mateus 4.10). Se alguma denominação ensina outro Evangelho, não faz parte do Corpo de Cristo, não é considerada cristã, não é Igreja de Jesus.
3- Não sou protestante porque atribuem a si próprios o direito de interpretar a Bíblia. Acreditam ter uma iluminação pessoal vinda do Espírito Santo sem intermediários, ou seja, sem a Igreja. O mais interessante é a diferença que o Espírito Santo manifesta em cada uma das centenas (talvez milhares) de ramificações do protestantismo.
R* - Fazemos o que Deus quer que façamos, ou seja, que nos dediquemos à leitura de sua Palavra, e nela meditemos dia e noite (Salmos 1), pois sabemos que "toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra" (2 Tm 3.16-17). O acesso à Bíblia não é proibido na Igreja de Cristo. Qualquer um pode ler; tendo dúvida, pede ajuda aos mais entendidos. Para isso, há escolas dominicais e cursos teológicos. Todo crente deve saber manejar bem a palavra da verdade para apresentar-se a Deus aprovado (2 Tm 2.15). Deus não quer ignorantes de Sua Palavra. Podemos recorrer também ao Espírito Santo que não está preso numa redoma de ouro e guardado num cofre; Ele está em nós (Sl 51.11; Lc 11.13; At 2.4; Ef 1.13; Rm 8.9; 1 Co 3.16,19) e nos ajuda em nossas fraquezas, pois Ele é uma Pessoa (Rm 8.16,26; Lc 12.12; 14.26; 1 Co 2.13).
Temos iluminação pessoal? E Jesus não disse que somos a luz do mundo e sal da terra (Mt 5.13,14)?
4- Não sou protestante porque a doutrina não tem unidade, as igrejas não são infalíveis em questões de moral e fé. Suas hierarquias não são rígidas, os preceitos são secundários. A salvação está em somente crer em Cristo, mas sabemos que não basta somente crer, pois, é preciso viver a fé, e vivê-la em santidade. Daí os Mandamentos. Daí a moral que a Igreja ensina. Dizer que a salvação vem somente do crer em Cristo, é continuar vivendo vida injusta ou dissoluta, é mentir à própria consciência.
R* - E os papas são infalíveis? E as histórias repugnantes sobre diversos papas? E a diabólica Inquisição? E o perdão pedido aos chineses, aos aborígines, a Galileu? Não é o reconhecimento de erros cometidos pelo catolicismo? A rigidez moral do catolicismo funciona? E o caso de assédio e violência sexual de sacerdotes católicos contra religiosas, em 23 países, para ficar só neste exemplo? Ensinamos o que ensina a Palavra. A fé no Senhor Jesus envolve arrependimento dos pecados; sem isso não há perdão nem salvação. A santidade faz parte da vida cristã. Quem nos convence do pecado é o Espírito Santo (João 16.8).
As boas obras são decorrentes dessa fé salvífica.
QUEM NELE CRÊ NÃO SERÁ JULGADO; QUEM NÃO CRÊ JÁ ESTÁ CONDENADO, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus (palavras de Jesus (Jo 3.18). Vejam também Romanos 10.9.
Acontece que o catolicismo ensina a salvação pelas obras; mas não somos salvos pelas obras, mas para as boas obras (Ef 2.8).
Ademais, "o justo viverá pela fé" (Romanos· 1.17)
5- Não sou protestante porque apesar deles lerem a Bíblia (embora sem alguns livros e com interpretações diversas) não possuem nenhuma autoridade superior Infalível, para declarar que uma palavra tem tal sentido, e exprime tal verdade.
R* - Qual seria a autoridade infalível na Terra?
Só surgiu um homem assim: Jesus Cristo, porque não tinha a mancha do pecado.
A Palavra diz: "Seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso", e que "não há um justo, nem um sequer" (Rm 3.4,10).
Não temos um PAPA falível, mas temos um Papai do Céu infalível capaz de suprir todas as nossas necessidades (Fp 4.19).
"O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará" (Salmo 23)
6 - Não sou protestante porque eles negam a Tradição oral. Sendo que na própria Bíblia, Paulo recomenda os ensinamentos de viva voz (Tradição) que nos foram transmitidos por Jesus e passam de geração em geração no seio da Igreja, sem estarem escritos na Bíblia. Confira em (2 Tim 1,12-14).
R* - Negamos a Tradição Oral porque ela foi a maior fonte de problemas já na teologia do Antigo Testamento, torcendo as palavras já escritas na Torah; e ela também tem sido comprovadamente a maior fonte de heresias no meio da Igreja Romana. No caso do Antigo Testamento, dizia Jesus aos fariseus: "MC 7.9 - "E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição". Note-se que Deus não deixou nada escrito, tanto no Antigo Testamento como no Novo. Mas a existência de ESCRITURA deixada por Moisés e outros homens de Deus limitou todos os sermões de Jesus a somente o que estava escrito. Ele combatia tudo o que se afastasse do que estava escrito. Paulo e os demais apóstolos podiam aconselhar os irmãos a seguir o que dissessem, pois estavam VIVOS e seu testemunho era real. Após suas mortes, tudo o mais que alguém poderá dizer que ouviu deles é mera especulação. Tome-se por exemplo a Igreja da Galácia: tinha sido evangelizada e fundada PESSOALMENTE pelo apóstolo (At 18:23), mas isso não impediu que os crentes ali logo perdessem a fé genuína para os judaizantes, obrigando Paulo a, POR ESCRITO, trazê-los de volta à verdadeira fé: "(GL 4:11) - Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco". "(GL 4:18) - É bom ser zeloso, mas sempre do bem, e não somente quando estou presente convosco" "(GL 5:7,8) - Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade? Esta persuasão não vem daquele que vos chamou". E Paulo termina sua pregação, por estar ausente, por meio de documento escrito: "(GL 6:11) - Vede com que grandes letras vos escrevi por minha mão". Se isso aconteceu num curto período de tempo, ainda em vida do Apóstolo que evangelizou os gálatas pessoalmente e em sua ausência se perderam, o que não dizer de séculos de ignorância quando a Igreja de Roma inclusive PROIBIA a leitura da Bíblia por seus seguidores? A maior prova da falha da tradição oral está na Cronologia dos Dogmas, com doutrinas humanas criadas em épocas muito tempo após a morte dos apóstolos, sendo que não se encontra nenhum documento anterior prescrevendo tal doutrina na Igreja Primitiva (tais como Purgatório, Assunção de Maria, Concepção Imaculada de Maria, Oração pelos mortos, etc). Acreditar na Tradição Oral que nunca foi registrada na Igreja do primeiro século é combater o próprio ensino de Paulo, que escrevia cartas e mandava que fossem lidas em todas as Igrejas, intercambiando com outras que já havia escrito: "CL 4:16 - E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lede-a vós também". "1TS 5:27 - Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos". E outra coisa importante: este argumento católico se baseia na carta a Timóteo, certo? Vejamos tal carta em sua totalidade: 1) Em todas as orientações que foram dadas sobre comunicação oral, os apóstolos ordenavam sobre pronomes pessoais: "palavras que de MIM tendes ouvido"; 2) Paulo nunca mandou alguém a obedecer quem não fosse apóstolo e queria que fosse ensinado o que saiu dele mediante TESTEMUNHAS: "(2Tm 2:2) - E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros". 3) Paulo recomenda a perfeição do obreiro de Deus pela Palavra escrita e não incluiu a tradição em pé de igualdade: "(2Tm 3:16,17) - Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra". Mais um detalhe: para ser apóstolo, deveriam existir dois requisitos básicos: "(At 1:20-22) - Porque no livro dos Salmos está escrito: Fique deserta a sua habitação, E não haja quem nela habite. Tome outro o seu bispado. É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição". Nenhum outro homem, além dos doze, merecia tal título. Paulo foi chamado Apóstolo dos Gentios devido ao seu chamado, não se considerava como um dos doze e depois dele nenhum outro homem mereceu este título, por não preencher os requisitos básicos do apostolado.
Portanto, a autoridade apostólica morre com o último apóstolo, João, restando seus ensinamentos escritos, o que aliás foi o mais importante critério para determinação do Cânon do Novo Testamento pela igreja primitiva.
7- Não sou protestante porque algumas denominações batizam crianças, outras não as batizam; algumas observam o domingo; outras, o sábado; algumas têm bispos; outras não os têm; algumas têm hierarquia; outras entregam o governo da comunidade à própria congregação; algumas fazem cálculos precisos para definir a data do fim do mundo. Outras não se preocupam com isto, etc.
R* - Se divergências operacionais ou de entendimento da Escritura fossem critérios para determinação de legitimidade, nunca a Igreja de Roma poderia ter tal título. O simples fato de ter um nome único de denominação não excluiu a verdade que os católicos possuíssem verdadeira bagunça doutrinária, ontem e hoje.
Exemplos: a Inquisição era considerada divina a seu tempo, hoje é considerada ignorância pelos próprios católicos; as ordens de padres têm, cada uma, estilos de vida próprios e ensinos de santidade diferentes, como os franciscanos, os dominicanos, os adeptos da Tradição, Família e Propriedade (que negam a submissão ao papa), a Renovação Carismática (que para muitos padres ainda é mal vista e tratada como facção).
Curiosamente, existe um livro chamado "Como Lidar com as Seitas", do padre Paulo H. Gozzi, que diz textualmente, ao tratar das divergências internas da Igreja de Roma: "Há lugar para todo mundo na Igreja, para cada jeito de viver a fé e a comunhão. Há variedade de serviços, de dons, de atividades, mas o Espírito que dá essa diversidade é o mesmo. As diferenças existem para o enriquecimento espiritual de uns e outros, jamais para dividir e separar uns dos outros.
Quem não gosta do jeito de um grupo, não precisa participar dele, participe de outro.
Quando é que vamos aprender a viver em paz e harmonia e pluralismo, aceitando o jeito diferente de cada um ser o que é, dentro da mesma Unidade?" (páginas 64 e 65 da referida obra, 4a. edição da editora Paulus). É bom mesmo que esse padre pense assim, pois ele diz na página 39, ao falar sobre o Saravá - o Baixo Espiritismo: "Não devemos fazer acusações injustas, achando que essas religiões são do demônio (...) E nessa cultura tribal foram criando mitos e lendas religiosas que explicam os mistérios da vida, passando tudo isso de pai para filho. Essas religiões africanas são belas, puras e merecem o nosso profundo respeito".
Garanto que o Vaticano não pensa assim.
Pelo menos três padres que conhecemos pensam BEM DIFERENTE disso... e onde está a unidade doutrinária, afinal não é um livro publicado por uma editora católica, que não imprime nada que seja protestante?
Não vamos mais longe: e o Padre Quevedo, que diz que o diabo não existe e não existem possessões demoníacas, contrariando o próprio Evangelho? Onde está a orgulhosa unidade católica, já que um herege como este não é excomungado por chamar o próprio Jesus de mentiroso?
E, quanto ao hiato entre Cristo e os protestantes, temos a afirmar duas coisas:
1) Esse hiato existe doutrinariamente e historicamente somente com a Igreja Católica de Roma, pois Jesus nunca fundou denominação alguma com base em Roma (cuja fundação foi num concílio presidido por um imperador romano, 3 séculos depois de Cristo) e também o fundamento não foi Pedro, foi o próprio Cristo, segundo afirmação do próprio apóstolo em sua carta (1PE 2:3,4,6) - "Se é que já provastes que o SENHOR é benigno; E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa". Por isso também na Escritura se contém: "Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido". Paulo disse a mesma coisa: 1Co 3:11 -" Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo". EF 2:20 - "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina'.
2) Mais importante que o hiato temporal, é o hiato Doutrinário, e nesse aspecto a Igreja Protestante ficou muito mais perto de Cristo ao voltar-se SOMENTE aos escritos apostólicos, recusando as dezenas de dogmas errados da igreja de Roma, mediante o lema "SOLA SCRIPTURA".
8- Não sou protestante porque há passagens da Bíblia que eles não aceitaram como tais; a Eucaristia, por exemplo, Jesus disse claramente: Isto é o meu corpo (Mateus 26,26) e Isto é o meu sangue (Mateus 26,28).
R* - Jesus também disse, claramente: "Eu sou a porta. Todo aquele que entrar por mim, salvar-se-á. Entrará e sairá, e achará pastagens" (Jo 10.9). Só um louco interpretaria literalmente essa palavra e admitiria que Jesus é uma porta e que os cristãos são ovelhas comedoras de capim. Ele disse: "Eu sou a videira verdadeira [fonte de vida espiritual], e meu Pai é o agricultor; vós sois os ramos" (Jo 15.1,2,5) Nem por isso admitimos que Jesus é uma árvore, o Pai é um plantador de arroz, e os cristãos são ramos. Está claro que essas expressões são figurativas. Ao dizer "Isto é o meu corpo" estava dizendo, realmente "Isto representa o meu corpo". Se levarmos em conta a interpretação literal, Jesus ao levantar o pão estaria levantando seu próprio corpo. Ademais, naquela oportunidade, como todas as vezes por ocasião da ceia do Senhor, o pão continua com gosto e sabor de pão, bem como o vinho continua com o cheiro e sabor de vinho. Esses elementos não se transformam numa mágica no corpo de Jesus. Se assim fosse, Jesus teria engolido a Si próprio. Jesus não entra em nós pela ingestão do Seu corpo, mas entra em nossa vida quando O aceitamos de todo o nosso coração como Senhor e Salvador (Rm 10.9)
9- Não sou protestante porque os supostos intérpretes da Bíblia não aceitam a real presença de Cristo no pão e no vinho consagrado, sendo que em (João 6,51) Jesus afirma: O pão que eu darei, é a minha carne para a vida do mundo. Aos judeus que zombavam, o Senhor tornou a afirmar: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Pois a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue é uma verdadeira bebida.
R* - A leitura e interpretação da Bíblia não devem ser privilégio de um grupo governante como na seita testemunhas-de-jeová e no catolicismo. Todos podem ler e interpretar livremente a Palavra de Deus, que é dirigida a todos indistintamente. Sobre o assunto eucaristia já falamos anteriormente. O pão não se transforma no corpo de Cristo. Ademais, Jesus instituiu a ceia em MEMÓRIA, para recordação do Seu sacrifício na cruz. Vejam: "Fazei isto em memória de mim" (1 Co 11.24-25). O sacrifício de Jesus não pode e não deve ser RENOVADO TODOS OS DIAS. Vejam: "Pois Cristo padeceu uma única vez pelos pecados" (1 Pe 3.18). Ele não precisa morrer outras vezes. Então, o culto da ceia do Senhor não objetiva crucificá-LO outra vez, mas recordar a Sua morte expiatória. "Comer a minha carne e beber o meu sangue" não pode ser interpretado literalmente, pois Deus não aprovaria um ato de antropofagia (comer carne humana com suas vísceras, cabelos e unhas). Nem sempre o significado de um texto é o significado literal, como mais acima foi explicado. Quando lemos que Ele é a pedra angular, o real fundamento da Igreja (1 Co 3.11; Ef 2.20) não podemos entender que Jesus seja realmente uma pedra.
São figuras de linguagem.
Vejamos os comentários de Norman Geisler em seu Manual Popular de Dúvidas: "Há muitas indicações em João 6 de que Jesus literalmente queria dizer que a sua ordem para comer a sua carne deveria ser considerada de uma maneira figurada. Primeiro, Jesus afirmou que a sua declaração não deveria ser tomada com um sentido materialista, quando ele disse: "as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida" (Jo 6.63). Segundo, seria um absurdo e um canibalismo considerá-la com um sentido físico. Terceiro, Ele não estava falando da vida física, mas da "vida eterna" (Jo 6.54). Quarto, ele chamou a si de "o pão da vida" (Jo 6.48) e contrastou esse pão com o pão físico (o maná) que no passado os judeus comeram no deserto (Jo 6.58). Quinto, Ele usou a figura do "comer" a sua carne paralelamente à idéia de "permanecer" nele (cf.Jo 15.4-5), que representa outra figura de linguagem. Sexto, se comer a sua carne e beber o seu sangue fosse tomado literalmente, isso seria contradizer outros mandamentos das Escrituras, que ensinam a não comer carne humana nem sangue (cf. At 15.20)". Ademais, a salvação não está em comer o corpo de Jesus, mas em crer e obedecer (Jo 3.18,36; 5.24; 6.35; 7.38; 11.25; Atos 10.43; 13.39;16.31; Rm 1.16;10.9)
10- Não sou protestante porque os mesmos não reconhecem o primado de Pedro, sendo que o próprio Jesus disse;Tu és Pedro (Kepha) e sobre esta pedra (Kepha) edificarei a minha Igreja; (Mateus16,18).
R* - "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja" (Mt. 16.13-20). O catolicismo vale-se dessa passagem para afirmar que os papas são sucessores de Pedro. Nenhum dos modos de entender essa passagem dá suporte à posição católica. "Sobre esta pedra" poderá referir-se à firme declaração de Pedro, de que Jesus era "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16.16). Admitida a hipótese de a referência ser a pessoa de Pedro, este (Petros, pedra, em grego) seria apenas uma pedra no fundamento apostólico da Igreja (Mt 16.18), não a rocha. Pedro admitiu que Cristo é a principal pedra, a pedra principal, angular, preciosa, de esquina (1 Pe 2.7-8). E mais: a) No primeiro concílio em Jerusalém, Pedro apenas introduziu o assunto (At 15.6-11). Tiago teve participação mais importante: assumiu a reunião, deu seu parecer e fez um pronunciamento final.(At 15:13.21). b) Paulo não diz que Pedro é a coluna da Igreja, mas que as "colunas" (no plural) são "Tiago, Cefas e João" (Gl 2.9); c) Paulo declarou que a Igreja é edificada "sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Jesus Cristo, a pedra angular" (Ef 2.20); d) Pedro não instituiu o celibato, pois era casado (Mt 8.14); e) Pedro não era e não se considerava infalível, pois foi advertido por Paulo porque ele não procedia "corretamente segundo a verdade do Evangelho" (Gl 2.14); f) A Bíblia diz que Cristo é o fundamento da igreja cristã, e que "ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo" (1Co 3.11); g) A Igreja primitiva perseverou na "doutrina dos apóstolos", e não na de Pedro (At 2.42). Finalmente, Pedro não aceitava adoração (o beija-mão, o ajoelhar-se aos pés) conforme Atos 10.25-26.
11- Não sou protestante porque eles não aceitam o sacramento do perdão e da reconciliação. Sendo que Jesus entregou aos Apóstolos e seus sucessores, a faculdade de perdoar ou não os pecados, e agir em nome dele. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem não perdoardes, não serão perdoados" (Jo 20,23)
R* - Pecadores não possuem poderes para perdoar pecados. O perdão dos pecados passa necessariamente pelo arrependimento sincero, e nenhum humano teria condições de saber quem está realmente arrependido. Só Deus pode perdoar pecados. Nem perdoamos nem vendemos perdão. Tiago 5.16 fala que devemos relatar nossas fraquezas uns aos outros, buscar auxílio mútuo em oração. É claro, mediante arrependimento os pecados serão perdoados por Deus. A Bíblia se explica a si mesma. Veja: "Se o meu povo... se humilhar, e orar e buscar a minha face, e se converter de seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e PERDOAREI OS SEUS PECADOS..." (2 Cr 5.17). Não se vê Pedro e Paulo, ou qualquer apóstolo, antes ou depois da ascensão de Jesus, perdoando pecados. Quando perguntaram a Pedro como proceder para ser justificado, ele respondeu: "Arrependei-vos e convertei-vos, para que SEJAM APAGADOS OS VOSSOS PECADOS, e venham os tempos de refrigério pela presença do Senhor". Quando os escribas afirmaram que só Deus pode perdoar pecados, Jesus não corrigiu (Mc 2.7-12). Assim como os sacerdotes não podem salvar pecadores, mas podem anunciar a salvação dos arrependidos, segundo a Palavra, da mesma forma não podem perdoar pecados, mas proclamar o perdão dos que se arrependem, segundo a Palavra. Assim podemos entender João 20.23
12- Não sou protestante porque Jesus disse que edificaria sua Igreja sobre Pedro (Mateus 16,18), e as igrejas protestantes são constituídas sobre Lutero, Calvino, Knox, Wesley, etc. Entre Cristo e estas denominações há um hiato...Somente a Igreja Católica remonta até Cristo.
R* - Uma pessoa humana não poderia ser a pedra de sustentação da Igreja de Cristo. Somente o próprio Cristo é a pedra angular (At 4.11; Ef 2.20), pedra espiritual (1 Co 10.4), pedra principal de esquina (1 Pe 2.7). Cristo é o fundador de Sua Igreja, "pois ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Co 3.11). "Não somos estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular. Nele todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor; e nele também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito" (Ef 2.19-22).
13- Não sou protestante porque Jesus prometeu à sua Igreja que estaria com ela até o fim dos tempos (Mateus 28,20), e os mesmos se afastam da única Igreja de Cristo, para fundar novas igrejas; que se vão dividindo, subdividindo e esfacelando cada vez mais, empobrecendo e pulverizando a mensagem do Evangelho.
R* - Jesus Cristo conviveu numa época onde havia diversos tipos de denominações entre os judeus: saduceus, fariseus, herodianos e os zelotes. Não existe NENHUMA, sequer uma crítica a essa divisão por parte do Senhor Jesus em todos os Evangelhos. Nesse ponto, não importa se os nomes das placas são diferentes; importa se o Evangelho é pregado em sua forma mais pura: 1Co 1:23 - "Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos".
Nunca, em momento algum, Cristo determinou que denominações seriam prova de inautenticidade, mas sim Ele prezava que as diferentes denominações não tivessem ERROS DOUTRINÁRIOS para com as Escrituras... e esse é justamente o ponto onde a Igreja de Roma erra, preocupando-se somente com o nome da placa. Matam-se os mosquitos, mas dá-se passagem ao elefante...
14 - Porque o subjetivismo protestante entra pelos caminhos do racionalismo e vêm a ser os mais ousados roedores das Escrituras (tal é o caso de Bultmann, Marxsen, Harnack, Reimarus, Baur...) Outros preferem adotar cegamente o sentido literal, sem o discernimento dos expressionismos próprios dos antigos semitas ; o que distorce, de outro modo, a genuína mensagem Bíblica.
R* - No dia que a Igreja de Roma excluir o Padre Quevedo, que diz que o diabo não existe, no dia que a Igreja de Roma excluir os padres que acreditam em reencarnação, como os exibidos no Fantástico de 11 de Novembro/2001, no dia que a Igreja de Roma excluir o padre Gozzi que acha belo e puro o Candomblé, nesse dia eu vou acreditar que a Igreja de Roma não aceita SUBJETIVISMOS em seu meio... antes disso... é mera HIPOCRISIA E FALÁCIA.
15- Não sou protestante porque quem lê um folheto protestante dirigido a Igreja Católica, lamenta o baixo nível das argumentações, sendo imprecisas, vagas, ou mesmo tendenciosas; afirmam gratuitamente sem provar as suas acusações; baseiam-se em premissas falsas, datas fictícias, anacronismos etc.
R* - A acusação recai sobre o acusador. Vemos nessas VINTE RAZÕES os erros pelos quais somos acusados. Ou seja, o baixo nível da argumentação, quase inexistência de uma base bíblica; um modo tendencioso de nivelar todas as denominações evangélicas, classificando-as como seitas. Em resumo, dizendo que fora do catolicismo não há salvação. São os mesmos erros cometidos no tempo de Martinho Lutero. O catolicismo seria o guardião da verdade. Mas Jesus disse claramente que quem nele crê não será condenado. A Bíblia diz claramente que a salvação é pela graça, mediante a fé (Ef 2.8). Não vem pelo batismo, nem pela ingestão do pão, nem pelo casamento, pelo crisma ou por qualquer outra obra. O ladrão da cruz apenas creu, e foi salvo (Lc 23.43). Uma coisa é acusação, outra é apontar as heresias e apresentar argumentos bíblicos.
16- Não sou protestante por que: eles protestam, criticam, censuram a fé Católica para substituí-la pela negação, pela revolta contra a autoridade do Papa etc. Esse é o laço que os une, pois a essência do protestantismo é a negação da Igreja Católica.
R* - É um erro a expressão "fé católica". Não existe fé católica nem fé evangélica, mas simplesmente a fé no Senhor Jesus, o nosso Salvador. Milhões substituíram a fé católica pela fé em Jesus. Ninguém será salvo por pertencer a esta ou àquela denominação. A salvação é pessoal e depende de nossa fé em Jesus Cristo (Jo 3.18; Rm 10.9; At 16.31). Não atacamos o Papa ou quem quer que seja. Quem assim faz não está se comportando como verdadeiro cristão. O Papa é autoridade máxima no catolicismo, mas não no Cristianismo. Logo, como não pertencemos ao catolicismo não estamos sob a autoridade papal. Negamos a Igreja Católica, mas não negamos a Cristo Jesus
17 - Não sou protestante porque cada qual dá à Escritura o sentido que julga dar, e assim se vai diluindo e pervertendo cada vez mais a mensagem revelada. Lêem apenas, mas têm grandes dificuldades de estudarem a Bíblia e as antigas tradições do Cristianismo.
R* - Carece de prova a afirmação de que cada evangélico dá a interpretação que deseja aos textos bíblicos. As denominações evangélicas possuem teólogos, faculdades de teologia, escolas bíblicas, toda uma estrutura para orientar, ensinar, tirar dúvidas. Não há nenhuma norma proibindo a leitura da Bíblia, como aconteceu antigamente no catolicismo. Julgamos que todos são capazes de entender a Palavra de Deus (2 Tm 3.16-17). Dizer que temos grandes dificuldades "de estudar" a Bíblia é faltar com a verdade. É exatamente o contrário. Os evangélicos estão sempre portando a sua Bíblia. Ocorre o contrário no catolicismo, onde a maioria não tem o hábito de pelo menos ler as Escrituras.
18 - A grande razão pela qual o protestantismo se torna inaceitável ao Cristão que reflete é o subjetivismo que o impregna visceralmente. A falta de referenciais seguros, garantidos pelo próprio Espírito Santo (conforme João 14,26 e João 16,13I), é o principal ponto fraco ou calcanhar de Aquiles do protestantismo.
R* - Muito pelo contrário, o protestantismo tem-se tornado aceitável pelos que descobrem a verdade. É inegável o crescimento real dos protestantes no Brasil. Todos os que vieram do catolicismo optaram pelos referenciais seguros apresentados pela igreja evangélica porque extraídos diretamente da Palavra. A Bíblia Sagrada é o ponto forte dos protestantes (1 Tm 2.2.15; 3.16-17) (Pr. Airton E. da Costa).
19- Não sou protestante porque esta diluição do protestantismo e a perda dos valores típicos do Cristianismo, estão na lógica do principal fundador Martinho Lutero;que apregoava o livre exame da Bíblia ou a leitura da Bíblia sob as luzes exclusivas da inspiração subjetiva de cada protestante; cada qual tira das Escrituras "o que bem lhe convém".
R* - A objeção acima é uma repetição. Já falamos sobre o livre exame que é uma bênção, pois Deus ordena que todos leiam a Sua Palavra. Vejamos: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2 Tm 2.15). "Bem-aventurados aquele que lê, e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia..."(Ap 1.3); "Bem-aventurado o homem que...tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite" (Salmo 1.1-2); "Examinais as Escrituras..." (Jo 5.39); "Estes foram mais nobres do que os de Tessalônica, pois de bom grado receberam a palavra, EXAMINANDO CADA DIA nas Escrituras..." (Atos 17.11). Logo, cai por terra o argumento do livre exame. A Escritura é para ser lida e examinada livremente. Não retiramos das Escrituras o que bem nos convém, porque nela tudo convém.
20 - Concluindo! Não sou protestante porque Maria Santíssima disse: Desde agora, todas as gerações me chamarão de Bem-aventurada; (Lucas 1.48), e nos cultos protestantes, seu nome, sequer é mencionado. Caiu no esquecimento. Quem cumpre (Lucas 1.48) é somente a Igreja Católica Apostólica Romana.
R* - Deus não divide sua glória com ninguém (Is 42.8). Ele é soberano e somente a Ele devemos adorar (Mt 4.10). Maria morreu. A tentativa de comunicação com os mortos é abominação ao Senhor (Is 8.19; Dt 18.10-12). Na parábola do rico e Lázaro, Jesus informa que os mortos nada podem fazer pelos vivos (Lc 16.19-11). Bem-aventurada quer dizer feliz. Maria foi uma pessoa feliz. Jesus chamou de bem-aventurados os pobres de espírito, os que choram, os misericordiosos, os limpos de coração, etc (Mt 5). Então, por ter sido chamada de bem-aventurada, Maria não ficou investida das prerrogativas de mãe de Deus, mãe da humanidade, assunta aos céus, advogada nossa, sempre virgem, imaculada, depositária de preces, rainha dos céus, trono de sabedoria, etc. O nome da santa Maria é pronunciado por qualquer cristão, observando-se tudo o que a Bíblia diz sobre ela.

*Refutação do Pr Airton E. da Costa.
Colaboradores: Carlos Devaney e Norberto Carlos Marquardt.

(negritos, aumentados, sublinhados e coloridos meus- RF)